Ludicidade e cognição: um entrelaçamento afetivo, efetivo e divertido para o ensino de ballet para crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Galvão, Giovanna Badaró lattes
Orientador(a): Rengel, Lenira Peral
Banca de defesa: Rengel, Lenira Peral, Feitoza, Jonas Karlos de Souza, Accioly, Cecília Bastos da Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação Profissional em Dança (PRODAN)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40291
Resumo: Este trabalho apresenta cruzamentos entre autorias, percepções e dados coletados em trinta anos no ensinar/aprender aulas de ballet em ludicidade (Luckesi, 2002a). Ao perceber uma ausência na compreensão do ballet para crianças que, junto à dimensão técnica-interpretativa e de apreensão dos códigos, gere sentido e repercuta nas pessoas implicadas, moveu-se o interesse em, pelo exercício da ação interdisciplinar, explorar temas para a sistematização de um e-book conectivo, destinado a mediadores em aulas de dança para o público infantil. A produção do e book propõe articular conceitos e estimular a flexibilização e contextualização de saberes por meio de perguntas, respostas e sugestões de atividades. A intenção é colaborar para formação continuada e ampliação das possibilidades de atuação (sugestões práticas de atividades) de pares com interesse em ensinar/aprender aulas lúdicas, capazes de favorecer o desenvolvimento cognitivo e atender às necessidades múltiplas de existir, sentir, pensar/agir. Necessidades que são variadas e mutantes no mundo volátil (Hall, 2006). Com base nesses argumentos, pergunta-se: O ensino do ballet acompanha essas mudanças? A pesquisa aponta para a sistematização de uma didática não hegemônica e emancipatória (Freire, 1996). Como referência, Damásio (2000) ancora a proposta de desenvolvimento das potencialidades afetivas. Em um sentido amplo Lakoff e Johnson (1980, 1999) trazem a cognição não como sinonimo de “conhecimento” ou “inteligência”, mas como um processo complexo, ligado à experiência do corpo como um todo. (Rengel (2007), com a proposição de corponectivo, contribui para o entendimento de que corpo e mente não precisam se integrar, já que é corpomente ou mentecorpo, uno, integrados. Os procedimentos didático-metodológicos se pautam na abordagem qualitativa, combinada com revisão bibliográfica (Fachin, 2006). A pesquisa implicada em campo, munida dos dispositivos de produção de informação, tais quais observação, reflexão, formação e cruzamento entre autorias, por meio de escrita autoetnográfica (Ellis, 2004), busca, pela forma textual, não apenas apresentar dados coletados, mas presentificar as percepções colhidas pela autora na docência do ballet em escolas particulares de educação infantil, condomínios, estúdios de dança do Rio de Janeiro e principalmente da Bahia, vivência com pares e contextualização sociocultural. Utilizaram-se narrativas pessoais e reflexões como dados de pesquisa, para compor uma compreensão abrangente das práticas de ensino/aprendizagem do ballet, com o olhar de que o ensino do ballet para crianças deve ser motivador para elas e para quem as ensina. Como resultado, espera-se contribuir para que os mediadores se sintam seguros e conscientes de que as aulas podem gerar um diferencial positivo na sua própria vida, na dos educandos, na de suas famílias e de suas comunidades.