Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Mascarenhas, Renata de Oliveira |
Orientador(a): |
Anastácio, Silvia Maria Guerra |
Banca de defesa: |
Anastácio, Silvia Maria Guerra,
Romano, Maria Carmem Jacob de Souza,
Bamba, Mahomed,
Ramos, Elizabeth Santos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras e LingüÃstica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29607
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Resumo: |
A presente pesquisa é de caráter descritivo e tem como objetivo analisar o papel da narratologia para a elaboração do roteiro de audiodescrição de uma minissérie policial. Entende-se por audiodescrição (AD) uma modalidade de tradução audiovisual intersemiótica, bem como uma ferramenta de acessibilidade, que visa preencher as prováveis lacunas de compreensão do conteúdo imagético de um produto audiovisual para o público com deficiência visual. Trata-se, portanto, da descrição verbal dos principais elementos visuais (fotografia, figurino, gestos, por exemplo) inserida nos intervalos dos diálogos e/ou da narração de um programa. A AD normalmente decorre de um roteiro pré-elaborado e posterior locução (gravada ou ao vivo) sobre o material audiovisual traduzido. O presente trabalho, portanto, contempla apenas a primeira etapa do processo, no caso, a elaboração do roteiro. Busca-se verificar de que forma uma análise descritiva da estrutura narrativa da minissérie policial Luna Caliente (Rede Globo, 1999), baseada principalmente em Bal (1997), Balogh (2002), Gomes (2004), Pallottini (1998), Saraiva e Cannito (2009) e Jiménez Hurtado et al. (2010), influencia nas estratégias discursivas do seu roteiro de AD. Para isso, as estratégias tradutórias utilizadas na elaboração de duas versões do roteiro de AD da referida minissérie - um elaborado pela presente pesquisadora (versão PQ), a partir da sistematização de parâmetros narratológico-discursivos, e outro elaborado por uma audiodescritora colaboradora (versão CL), pautando-se em alguns aspectos narrativos, porém sem uma análise sistemática dos mesmos â são descritas e analisadas. De modo geral, em termos da reconstrução do gênero do produto, o presente estudo demonstra que, os dois roteiros foram sensÃveis a aspectos semelhantes de composição da obra, tais como, a construção dos espaços e dos personagens (encenação), a focalização (cinematografia) e as anacronias (montagem). Contudo, observou-se que a VPQ foi mais regular e sistemática, do que a VCL, no uso de suas estratégias discursivas para recriar: a progressão da ação dramática das cenas; a perspectiva e a movimentação da câmera; as transições, o ritmo de montagem das imagens; a distribuição dos elementos no enquadramento, a iluminação, a fotografia, os efeitos de imagens, dentre outros elementos relevantes para a composição do mistério e suspense das cenas. Assim, acredita-se que a análise descritiva da estrutura narrativa da minissérie, bem como uma revisão pautada em parâmetros narratológico-discursivos, se demonstrou válida para a recriação mais frequente de todos esses aspectos imagéticos e para uma sistematização do próprio discurso audiodescritivo, buscando estabelecer regularidades discursivas internas. Acredita-se que os resultados atingidos a partir de Luna Caliente propõem uma metodologia sistemática, tanto para a análise do produto a ser audiodescrito, quanto para a elaboração de roteiros de AD, que pode ser aplicada a outras minisséries policiais ou demais produtos teleficcionais seriados de curta duração, bem como implementada em cursos de formação de audiodescritores. |