Enfrentamento da pandemia: reestruturação para unidades de terapia intensiva COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Alexsandra Almeida dos lattes
Orientador(a): Silva, Rosana Maria de Oliveira lattes
Banca de defesa: Silva, Rosana Maria de Oliveira lattes, Santos, Thadeu Borges Souza lattes, Vieira, Silvana Lima lattes, Cordeiro, Ana Lucia Arcanjo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37328
Resumo: A reestruturação é uma forma de mudança organizacional que possibilitou que as unidades de tratamento intensivo enfrentassem a pandemia da COVID-19. O objetivo geral deste estudo foi analisar a reestruturação para UTI COVID-19 no enfrentamento da pandemia e os objetivos específicos: Identificar os elementos de reestruturação das UTI no enfrentamento da pandemia COVID-19; Descrever como as modificações foram implementadas nas UTI no contexto da pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa e exploratória desenvolvida em 05 UTI COVID-19 de hospitais públicos da cidade de Salvador-Bahia. Os participantes do estudo foram 17 enfermeiras que exerciam o cargo assistencial e de gestão. A coleta de dados ocorreu após parecer do Comitê de ética no período compreendido de dezembro de 2021 a junho de 2022 por meio de entrevista semi-estruturada cujo instrumento constou de duas partes, a primeira com informações iniciais sobre a caraterização das participantes, onde constavam o gênero, idade, tempo de formação, vínculo empregatício, cargo, dupla ocupação, carga horária semanal, tempo de experiência na UTI, existência de pós-graduação. A segunda parte um roteiro com perguntas semiestruturadas baseadas nas recomendações da Organização Mundial de Saúde, que vincula o fortalecimento do sistema de saúde em resposta a COVID-19 a “4 S” (S de Space ou espaço/estrutura; S de Staff, ou equipe; S de Supplies, ou suprimentos; S de Systems, ou sistemas). Foi utilizado a análise de conteúdo de Bardin (2016). Como resultado da análise do corpus das entrevistas foram construídas quatro 4 categorias e 05 subcategorias para análise: Categoria I - Modificações do espaço físico- Subcategoria I - adaptação do espaço físico para atendimento a pacientes de COVID-19 e a subcategoria II - ampliação do número de leitos uti para atendimento a pacientes com COVID-19; Categoria II - gestão da equipe de enfermagem- subcategoria I Capacitação da equipe para atendimento ao novo perfil de paciente; subcategoria II – (re)dimensionamento de pessoal na UTI COVID-19 e a subcategoria III - Aumento dos transtornos mentais nos profissionais de saúde da UTI COVID-19; Categoria III- Disponibilidade dos suprimentos hospitalares – oferta e demanda de suprimentos hospitalares na UTI COVID -19; Categoria IV - Mudanças nos processos – Modificações nos sistemas de gerenciamento em resposta a pandemia COVID -19. Concluímos que as unidades de terapia intensiva foram reestruturadas para atender uma demanda de pacientes gerada por uma crise sanitária sem precedentes com um perfil de pacientes com alto grau de gravidade imposta pela COVID-19. Nesse sentido, houve muitas dificuldades e problemas na implementação da reestruturação para que o processo assistencial e gerencial ocorresse de forma justa e segura, já que envolveu questões de dimensionamento de pessoal, suprimentos, insegurança e doença da equipe que provocaram alta taxa de afastamento e rotatividade de pessoal.