Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barboza, Ana Caroline Maia
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Orientador(a): |
Baptista, Geilsa Costa Santos
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Banca de defesa: |
Baptista, Geilsa Costa Santos
,
Almeida, Rosiléia Oliveira de
,
Guimarães, Ana Paula Miranda
,
Ming, Lin Chau
,
Brito, Nadenka Beatriz Melo
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC)
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38485
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Resumo: |
O presente trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa qualitativa que teve por objetivo geral investigar as possibilidade de diálogo entre os conhecimentos bíblico e científico que podemos estabelecer no âmbito de um curso que tem o foco na formação continuada de professores sensíveis à diversidade cultural. E a partir daí foram propostos os seguintes objetivos específicos: 1. contextualizar a natureza do conhecimento científico e o conhecimento bíblico, enfatizando a importância do diálogo na formação de professores para o ensino de ciências intercultural; 2. A partir disto, interpretar as relações que são apresentadas por professores de ciências em relação aos conhecimentos etnobiológicos presentes na bíblia e os científicos. 3. Apontar implicações e proposições para o ensino de ciências que seja sensível a diversidade cultural, incluindo o cristianismo; 4. avaliar recursos e sequências didáticas produzidos como trabalho final de um curso de formação de professores de ciências sensível à diversidade cultural a fim de perceber se há indícios de abertura para o diálogo entre conhecimentos científicos e conhecimentos bíblicos nos materiais produzidos. Para tanto, coletamos os dados em um componente optativo do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências. Embasados no construtivismo contextual, pluralismo epistemológico e diálogo intercultural, percebemos que é possível estabelecer o diálogo entre os conhecimentos bíblicos e científicos, uma vez que ambos são culturais e apresentam relações de semelhanças e/ou diferenças que podem ser exploradas, porém devemos estar atentos a investigação dos conhecimentos bíblicos. Consideramos que ocorrem limites relacionados à aplicação de um curso de formação de professores que promova a inclusão dos conhecimentos bíblicos para o diálogo intercultural nas salas de aula de ciências, pois existem barreiras importantes que influenciam o saber e o fazer pedagógico, a dimensão teoria e prática. São barreiras que podem estar relacionadas à formação inicial dos professores de ciências e às visões de mundo desses profissionais. Apontamos como grande desafio a continuidade de novos estudos no que tange à elaboração e promoção de cursos de formação de professores que visem combater o cientificismo, considerando que as sociedades atuais são genuinamente plurais, incluindo os contextos das salas de aula, nas quais diversos modos de conhecer estão presentes e podem coexistir, incluindo aí os conhecimentos bíblicos, bem como aqueles provenientes de outras religiões além do cristianismo. Defendemos que o professor de ciências precisa reconhecer a diversidade de saberes presentes nas salas de aula e buscar investigar e compreender esses saberes para a inclusão no diálogo. |
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