Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Conrado, Margarete de Souza |
Orientador(a): |
Domenici, Eloisa Leite |
Banca de defesa: |
Domenici, Eloisa Leite,
Passos, Fernando Antônio de Paula,
Cordeiro, Isabelle,
Biriba, Ricardo Barreto |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Dança
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Dança
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27527
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Resumo: |
Esta dissertação estuda o Maracatu Nação de Pernambuco, uma dança em forma de cortejo que tem cerca de dois séculos de existência. São estudados três dos grupos mais antigos do Recife: O Maracatu Nação Elefante, o Leão Coroado, e o Estrela Brilhante. O pressuposto é o de que essa dança-cortejo materializa o trânsito do corpo com o espaço urbano e a memória da cidade, intercomunicando diferentes sistemas, tais como a religião católica, o candomblé, a arquitetura barroca e a história colonial. O diálogo se manifesta muitas vezes como contraponto, no qual a dança é uma forma de resistência cultural às modificações do espaço urbano e à perda da memória dos antepassados. Ao levar para as ruas um cortejo real que, da cintura para cima mantém a postura ereta das cortes, mas que nos quadris e pés estremece ao som do batuque dos tambores, as comunidades de Maracatu elegem sua realeza, prestando homenagem aos orixás, aos santos católicos e aos seus mortos. Nos figurinos amplos e rebuscados e na movimentação corporal de giros e ziguezagues, os códigos da dança lembram as curvas e dobras da estética barroca. Assim, os códigos barrocos corporificam a tensão que se estabelece com as linhas de desenvolvimento das cidades, subvertendo os valores ocidentais e dissolvendo dualismos tais como central e periférico, tradicional e moderno, sagrado e profano, entre outros. |