Dança no acionamento de conectomas neurais: maracatu e maculelê como sistemas de vínculos para a emancipação cognitiva da pessoa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Jesus, Rener Oliveira de lattes
Orientador(a): Rengel, Lenira Peral
Banca de defesa: Rengel, Lenira Peral, Pinto, Amanda da Silva, Machado, Adriana Bittencourt
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40126
Resumo: Esta investigação desenvolvida no Curso de Mestrado em Dança Acadêmico, do Programa de Pós-Graduação em Dança se realizou em atividades de Dança oferecidas como curso livres e aulas em componentes curriculares, no Conservatório Dramático Musical de Tatuí em Tatuí/SP, para estudantes 18 a 30 anos (sem experiência com Dança). Essas ações formam a organização desta pesquisa, tendo como códigos as danças afro-brasileiras maracatu e maculelê. Objetivou abordar a importância dos estudos da Dança, especificamente as duas elencadas em relação aos conectomas neurais, com as seguintes questões nucleares: O corpo que dança poderá ter maior conectoma neural? A Dança, o maracatu e o maculelê contribuem para o desenvolvimento cognitivo das pessoas? Esta pesquisa considera que proposições e conexões entre ações de cientistas, neurocientistas e dançarinos sobre questões que envolvem o cérebro (entendido, obviamente, como parte do corpo) trazem contribuições e desdobramentos para o campo da Dança. O trabalho de pesquisa foi de natureza qualitativa e caráter exploratório, escolhendo como procedimento metodológico uma análise dos dados audiovisuais, entrevistas, depoimentos produzidos ao longo da pesquisa, e por final, usamos o estudo bibliográfico aprofundado para argumentação. As referências principais foram: Vianna (2005) e Greiner (2012), que tratam das questões da Dança, dos estudos do corpo e da consciência corporal; Hall (2011), referência sobre a anatomia humana, as questões estruturais, fisiológicas e funcionais do corpo; Ramachandran (2014), que elucida a respeito da propriocepção profunda em relação às experiências vividas do corpo; Machado e Haertel (2014) e Bear, Connors e Paradiso (2017), referenciais acerca da neurofisiologia, neuroplasticidade, criação e o desenvolvimento neuronal; Damásio (2018), que ajuda a entender o que é chamado de relação ao corpo-mente, a homeostase e regulação da vida, a formação do sentimento e emoção; Santos (2010, 2022), que ajudou a explicar a respeito da emancipação dos corpos; Rengel (2007, 2021) com as questões a respeito da noção de corponectividade. Espera-se que os resultados contribuam para o campo da Dança e que se abram em devolutiva à sociedade acadêmica e à sociedade em geral. Importante perceber que a Dança age na construção do conhecimento de si e do mundo, ao tempo que amplia as possibilidades, com foco no estudo dos conectomas neurais e do próprio desenvolvimento cognitivo na totalidade da pessoa que dança.