Ilẹ̀ Mímọ́: um estudo do processo de tombamento do terreiro da Casa Branca e análise antropológica sobre territorialidade sagrada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fernandes, Diogo linhares lattes
Orientador(a): Müller, Cíntia Beatriz lattes
Banca de defesa: Müller, Cíntia Beatriz, Rocha, Júlio César de Sá da, Fernandes, Mariana Balen
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34931
Resumo: Esta pesquisa trata de um estudo documental do processo de Tombamento do Terreiro da Casa Branca, na qual busquei compreender quais foram os modos de proteção e defesa da territorialidade histórica e culturalmente produzidas do Ilê Axé Iyá Nassô Oká, diante da ameaça de perder seu território sagrado. Identifiquei o uso de categorias mobilizadas pela comunidade do Terreiro para reivindicar a salvaguarda do seu território. Objetivei nesta pesquisa apresentar, no âmbito antropológico, os modos de vida construídos pelo Terreiro da Casa Branca, revelados durante o movimento de defesa do seu território e registados no Processo de Tombamento do Terreiro. Compreendi a ecologia do Axé Engenho Velho, o seu meio ambiente como modos de demarcar a sacralidade da territorialidade do Ilê Axé Iyá Nassô Oká. A metodologia é etnográfica, com uso da historiografia, o trabalho de campo foi o estudo de caso do Tombamento do Terreiro da Casa Branca registrado no Processo 1.067-T-82/ IPHAN. A técnica utilizada foi a análise das documentações com o uso de bibliografias do campo da antropologia da territorialidade para discutir terreiro de candomblé, grupos étnicos, território e tombamento. Interpretei a política pública do Tombamento do Ilê Axé Iyá Nassô Oká como instrumento de salvaguarda para proteger as terras sagradas da territorialidade construída pelo sentido do axé. O paisagismo sagrado, as árvores seculares e vegetação preservadas pelo terreiro, revelaram-se como parte dos modos de vida vivenciados pelas famílias deste axé.