Pedrinha miudinha em aruanda ê, lajedo: o modo de vida da umbanda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paz, Adilson Meneses da
Orientador(a): Messeder, Suely Aldir
Banca de defesa: Décia, Ana cristina muniz, Galeffi, Dante Augusto, Oliveira, Eduardo David de, Vitorino, Cesar Costa, Messeder, Suely Aldir
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE DOUTORADO MULTIINSTITUCIONAL E MULTIDISCIPLINAR EM DIFUSÃO DO CONHECIMENTO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31253
Resumo: A presente tese pensa sobre as experiências religiosas produzidas no Centro de Umbanda Irmão Carlos, localizado no subúrbio ferroviário de Salvador, onde se observou cotidianamente o modo de vida dos umbandistas. O intuito dessa investigação é compreender como os umbandistas do Centro de Umbanda Irmão Carlos produzem o seu modo de vida. Descreve-se sobre as dinâmicas históricas e culturais que culminaram na religião umbandista, dimensiona-se o mito fundador da Umbanda e as narrativas singulares que dão origem ao Centro pesquisado. Apresentam-se as práticas ritualísticas, os saberes e sentidos que se forjam no modo de viver experienciado pelos umbandistas. Nesse sentido, o estudo se constitui em uma pesquisa qualitativa, através da etnografia, uma vez que este método possibilita um entendimento das práticas, ritualísticas e lógicas de Centro pesquisado, nos levando a descrição densa da teia de significados do grupo investigado. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram a observação participante, pela qual as atividades foram registradas em um caderno de campo, entrevistas semiestruturadas, registros fotográficos e visitas em outros Centros de Umbanda visando compreender as singularidades dos espaços de culto. Reflete-se sobre a dupla pertença ser pesquisador e nativo no ambiente da pesquisa. Os resultados da pesquisa apontam para necessidade de reconhecer as peculiaridades dos espaços de cultos das Umbandas, pois o modelo único de narrativa sobre a religião silencia a multiplicidade de práticas e ritos que constitui seu território. Na pesquisa observa-se que o modo de vida da Umbanda investigada atua a partir de uma razão sensível que irrompe com o apogeu do intelecto, transborda pelo corpo, abre-se para o espontâneo, o intuitivo, o invisível, firma-se em razões ancestrais que reinventam as bases éticas do vivido. O modo de vida da Umbanda constitui-se de uma série de práticas e condutas que asseguram o livramento dos desequilíbrios que afligem o cotidiano dos adeptos do culto. Deste modo, constitui-se de uma estilística da existência que se fundamenta no cuidado de si, dos outros e da ancestralidade.