Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Tânia Maria Lima
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Orientador(a): |
Coutinho, Denise Maria Barreto
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Banca de defesa: |
Santos, Analicea de Souza Calmon
,
Camargo, Luis Francisco Espíndola
,
Veras, Marcelo Frederico Augusto dos Santos
,
Monteiro, Cleide Pereira
,
Coutinho, Denise Maria Barreto
![lattes](/bdtd/themes/bdtd/images/lattes.gif?_=1676566308) |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI)
|
Departamento: |
Instituto de Psicologia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38589
|
Resumo: |
RESUMO O objetivo desta tese é demonstrar que, na psicanálise de orientação freudiana e lacaniana, a formação do psicanalista advém, prioritariamente, de sua experiência como analisante. Para alcançar tal propósito, o trabalho está estruturado em três artigos, interligados pelo objeto da investigação, a saber, a relação entre experiência psicanalítica, a formação do psicanalista e o ensino da psicanálise. Os artigos discutem, a partir da conjunção e disjunção de argumentos, relações possíveis entre experiência, formação e ensino, tendo como marco teórico a psicanálise de orientação freudiana e lacaniana. Considerando, com Freud, que a pesquisa em psicanálise é parte constitutiva da clínica, esta investigação parte de uma experiência de psicanálise já concluída e em parte publicada, e enfatiza a incidência da experiência como analisante na formação e, consequentemente, no ensino/transmissão da psicanálise. A hipótese pode ser assim formulada: se desde Freud a formação do psicanalista tem por base o tripé constituído entre análise pessoal (ou seja, experiência analítica), supervisão dos tratamentos conduzidos pelo analista, e a teoria que advém da prática, a experiência de análise pessoal é o elemento que dá sustentação à supervisão e ao estudo teórico. A questão que guia a pesquisa é: como qualificar a formação do analista e o ensino/transmissão da psicanálise a partir da experiência de análise, na necessária articulação com a supervisão e o estudo da teoria? Desta questão central, busca-se avançar em outra pergunta: como fazer frente à avalanche de tratamentos com promessas de resultados imediatos? O primeiro artigo se centra no relato da minha experiência de análise e seus momentos cruciais, quais sejam: o começo, o meio e o final de uma análise. O segundo artigo prioriza a formação do analista em seu aspecto epistêmico, com ênfase nos esforços de Freud e de Lacan para manter preservadas as particularidades da psicanálise como uma clínica do singular. E o terceiro artigo aborda o ensino e a transmissão da psicanálise e seus desafios, devido à proximidade com o limite das palavras imposto pelo Real em jogo na transmissão epistêmica da teoria psicanalítica. O método desta investigação é a construção de testemunhos em primeira pessoa. Trata-se de um relato do percurso analítico para fins de transmissão, a partir de interlocuções com o material advindo das formações do inconsciente e relatados em sessões de análise, acompanhado de interpretações do analista que conduziu o tratamento. Apesar de se aproximar da construção do caso em psicanálise, distingue-se, fundamentalmente, porque a construção do caso clínico é um relato sobre o percurso de terceiros, sendo os testemunhos um relato em primeira pessoa sobre os efeitos de uma análise sobre o corpo daquele que oferece seu testemunho. |