Concepções e práticas ligadas à saúde e à doença entre professoras/es universitárias/os de um Curso Superior em Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Abreu, Maria Angélica Godinho Mendes de
Orientador(a): Coelho, Maria Thereza Ávila Dantas
Banca de defesa: Carmo, Maria Beatriz Barreto do, Daltro, Mônica Ramos, López, Yeimi Alexandra Alzate
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23495
Resumo: Ao longo do tempo, estudos vêm sendo realizados em torno do processo de saúde-doença. No ocidente, os conceitos de saúde e doença se transformaram, atravessados por elementos sociais, culturais e econômicos, delineando novos desafios nos campos de conhecimento, prática e educação para atender à complexidade de seus fenômenos afins. A partir da segunda metade do século XX, com o movimento da Promoção da Saúde, um novo e abrangente enfoque ampliou o campo da saúde, com foco nas condições de vida e de trabalho dos indivíduos e populações. Assim, estudos têm investigado a influência do trabalho sobre a saúde dos trabalhadores, incluindo-se os professores, no entanto ainda de forma escassa entre professoras/es universitárias/os. Nesse contexto, esta pesquisa objetivou identificar e analisar as concepções e práticas de saúde, pessoais e profissionais, de professoras/es universitárias/os de um curso superior em saúde. Utilizou-se uma abordagem qualitativa, com nove professoras/es. Os dados foram coletados por entrevista semiestruturada e analisados pela técnica de análise de conteúdo de Bardin. Apesar da complexidade referida quanto aos conceitos de saúde e doença, as/os professoras/es identificaram dimensões que compõem o conceito ampliado de saúde, conformando uma perspectiva biopsicossocial, com maior ênfase sobre os aspectos psicológicos. Apresentaram uma multiplicidade de práticas promotoras da saúde que incluem as dimensões física, mental e espiritual, na direção da integralidade do cuidado em saúde. Verificou-se uma predominância das práticas individuais e uma sobreposição entre as práticas de promoção e prevenção. O conhecimento acerca do tema da promoção da saúde, desses e demais professoras/es, permeado pelas experiências vividas e pelos valores e crenças vigentes são fundamentais para a prática docente em qualquer área do conhecimento, considerando-se que as concepções tendem a referenciar as práticas. No entanto, impactos negativos da prática docente sobre a saúde dos professores sobressaíram nos resultados, sendo o estresse o impacto mais significativo. A sobrecarga de trabalho, as exigências e as cobranças aparecem como os principais aspectos geradores desses impactos. A formação desses professores denota um instrumental de grande importância para a prática docente no campo da saúde e para as práticas de promoção da saúde, fortalecendo uma educação mais ampla e menos tecnicista. Porém, faz-se necessário pensar e discutir amplamente as condições de trabalho nas instituições de Ensino Superior, uma vez que o processo de trabalho tem importância na produção de saúde-doença.