O currículo na educação superior em saúde: estratégias e embates na aderência ao processo de Reforma Sanitária Brasileira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, George Amaral
Orientador(a): Almeida Filho, Naomar Monteiro de
Banca de defesa: Pinto, Isabela Matos Cardoso, Teixeira, Carmen Fontes de Souza, Silva, Luís Augusto Vasconcelos da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16339
Resumo: Este trabalho teve como objetivo identificar e discutir elementos estruturantes dos currículos na educação superior em saúde que favorecem ou dificultam sua aderência ao projeto político da Reforma Sanitária Brasileira. No sentido de oferecer subsídios para aprendizado e reflexão no âmbito da educação em saúde, realizou-se um estudo de caso da graduação em saúde na Universidade Federal da Bahia, considerando a análise dos projetos político-pedagógicos dos cursos de graduação em Medicina, Enfermagem, Saúde Coletiva e do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde; do relato de docentes envolvidos diretamente na concepção e/ou operacionalização destes projetos e da percepção de estudantes sobre seu cotidiano na vivência dos currículos destes cursos. A produção do material empírico deu-se através das seguintes técnicas: (I) análise dos projetos político-pedagógicos; (II) entrevistas semiestruturadas com os docentes e (III) produção de relatos autoetnográficos pelos estudantes. As categorias básicas analisadas foram definidas a partir da leitura dos dados produzidos levando-se em conta as categorias êmicas que emergiram e o marco teórico-crítico do materialismo histórico, conforme sintetizado por Garcia na análise da produção de médicos. A análise dos dados permite levantar a hipótese de que a estrutura curricular predominante nos cursos de saúde da Universidade Federal da Bahia constitui obstáculo para as tentativas de inovação, transformação ou criação de propostas que se pretendam contra-hegemônicas nos cursos de saúde. Nestes, a síntese das disputas pelo arbitrário cultural acaba por produzir currículos formais ou manifestos e informais ou ocultos, viabilizando reforço e permanência de processos e relações educativas muito semelhantes aos que existiam antes das propostas de mudança. As peculiaridades de cada curso são descritas no sentido de expor graus variáveis de aderência, aproximação ou afastamento em relação a princípios e propostas estruturantes da Reforma Sanitária Brasileira.