“Homens sem patrimônio” na crise do escravismo: (des)ordem social e resistências possíveis na Bahia (Bahia, 1870-1880)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Eliseu Santos Ferreira lattes
Orientador(a): Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de lattes
Banca de defesa: Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de lattes, Mata, Iacy Maia lattes, Nascimento, Joana Medrado lattes, Gomes, Igor dos Santos lattes, não houve
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37942
Resumo: O presente estudo teve por objetivo analisar o acirramento e ações de controle social na crise da escravidão. Veremos aqui a criminalização e tentativas de disciplinar o tempo, dificultando alternativas econômicas dos “homens sem patrimônio”; escravizados; desertores, trabalhadores assalariados e retirantes, na gramática do Estado, pessoas da “gente do povo”. Práticas de furtos e roubos passam a ser cada vez mais perseguidas diante do discurso da salvaguarda e ameaça à propriedade dos cidadãos de bem num contexto de falência política e jurídica do escravismo. Os grupos em condições subalternas são postos como entrave à ordem pública e ao mundo do trabalho livre, portanto, deveriam ser combatidos pelo Estado, especialmente em um cenário de aguda crise econômica, política e social. Esses sujeitos viviam em negociações e conflitos com poderosos locais, em meio às incertezas que a crise do escravismo gerava. Para tanto, foram analisados documentos como correspondências policiais e judiciais, relatórios de presidentes e vice-presidentes da província, relatório do Ministério da Justiça, anais dos debates legislativos, processos criminais, jornais, censos demográficos.