Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Varjão, Bruno Milen
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Orientador(a): |
Franke, Carlos Roberto |
Banca de defesa: |
Franke, Carlos Roberto,
Alegre, Adriano Figueiredo Monte,
Silva, Aristeu Vieira da,
Uzêda, Rosângela Soares |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
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Departamento: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41127
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Resumo: |
O estado da Bahia apresenta casos de leishmaniose visceral humana (LVH) causada por Leishmania infantum, assim como relatos de infecção em animais. O Recôncavo Baiano, onde a doença é conhecidamente endêmica em humanos, até o presente momento não apresenta quantidade de estudos suficientes quanto a real situação da leishmaniose canina causada por L. infantum (LCan). Objetivou-se investigar a situação epidemiológica da doença canina no município de Muritiba, localizado no recôncavo, onde a LVH é considerada de ocorrência esporádica. Foram examinados 351 cães clinicamente e por meio de diagnóstico sorológico e molecular (PCR) a partir de amostras de aspirado de medula óssea; aspectos ambientais foram levantados e as localidades que tinham cães soropositivos registradas por georreferenciamento. Com base nos critérios do Ministério da Saúde foi considerado infectado o cão com resultados positivos no teste de triagem (TR-DPP) e no teste confirmatório (ELISA), encontrando-se uma soroprevalência de 15,7% (55/351). Nenhuma associação foi encontrada entre a soropositividade para LCan e o sexo, raça, idade e se os cães eram domiciliados. Quanto à caracterização clínica dos cães soropositivos, 72,7% (40/55) apresentavam algum sinal clínico sugestivo de LCan, como alopecia (p<0,0001), úlceras na pele (p<0,0001), onicogrifose (p<0,0001), despigmentação do focinho (p<0,0001), crostas na pele (p=0,0051) e hiperqueratose (p<0,0001), alterações oculares (p=0,0117), apatia (p=0,0007), emagrecimento (p<0,0001), mucosas hipocoradas (p=0,0015), linfonodos aumentados (p=0,0139) e esplenomegalia (p<0,0001). O método de PCR em amostras de medula óssea, realizado em 36 cães soropositivos, confirmou a presença de DNA de L. infantum em 88,8% (32/36) desses cães. Verificou-se ainda que os animais positivos não estão distribuídos uniformemente no município e que os aspectos ambientais como criação de aves e falta de saneamento básico adequado podem facilitar a manutenção do vetor na região, o que com a presença do agente oferece um risco de transmissão para os seres humanos e manutenção da infecção entre os animais gerando um potencial para endemicidade na área estudada. Os dados confirmam a ocorrência de infecção e doença canina causada por L. infantum no município de Muritiba. |