Frente nacionalista e grupo dos onze: nacionalismo de esquerda, política e repressão em Jacobina-BA (1963-1966)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Hebert Santos
Orientador(a): Cardoso, Lucileide Costa
Banca de defesa: Cardoso, Lucileide Costa, Cardoso, Célia Costa, Moreira, Raimundo Nonato Pereira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31923
Resumo: O objetivo desta dissertação é compreender como os grupos nacionalistas de esquerda, a Frente Nacionalista Jacobinense e o Grupo dos Onze, se formaram e atuaram em Jacobina-Bahia entre fins de 1963 e início de 1964. A cidade e o país contavam com momentos distintos: o primeiro situava-se em um longo período de domínio do chefe político Francisco Rocha Pires, conhecido como coronel Chico Rocha e de uma política tradicional, aos moldes da Primeira República; o segundo, vivia um momento de avanços na perspectiva de implementar as Reformas de Base e o crescimento das organizações de esquerda. Busco compreender a penetração dos ideais nacionalistas na cidade jacobinense em forma de divulgação, através do programa “A hora nacionalista”, no serviço de alto falantes e na formação do Grupo dos Onze companheiro ou Comando Nacionalista, seguindo uma orientação dos discursos de Leonel Brizola, enfatizando as reformas de base, especialmente a agrária, o anti-imperialismo e a defesa das instituições nacionais, além da elaboração do manifesto “Aos Jacobinenses” de autoria da Frente Nacionalista Jacobinense que tecia críticas à política local do governo Ângelo Brandão e defesa do nacionalismo. Também, procuro perceber como se deu as ações persecutórias aos nacionalistas jacobinenses após o golpe civil-militar de 1964 e a política repressiva institucionalizada. Para isso, utilizamos o Inquérito Policial Militar (IPM nº 27/64) que nos serve de subsídio fundamental para compreender a repressão e as estratégias de resistência dos chamados “agentes subversivos”.