Discursos da escola e constituição da subjetividade de estudantes com TDAH

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Antonio José Pimentel
Orientador(a): Díaz-Rodríguez, Félix Marcial
Banca de defesa: Wanderley, Lílian Carla Lopes, Bordas, Miguel Angel García
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18674
Resumo: Numa sociedade escolarizada a escola constitui-se a instituição social que mais agrega diferenças e diversidades. Neste contexto, encontram-se os estudantes com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) os quais por não se enquadrarem nas exigências e normas do contexto escolar são, muitas vezes, rotulados e estigmatizados como alunos problemáticos. Essas rotulações podem ocasionar impactos psicoemocionais em quem as recebem, neste caso específico no estudante com TDAH, produzindo estigmas e preconceitos, podendo implicar na constituição da subjetividade deste estudante. Desse modo, esta pesquisa traz como questão principal: Como as pesquisas sobre escolarização de estudantes com TDAH abordam o discurso da escola/professor acerca desses estudantes? As questões secundárias trazidas para análise são: Como o estudante com TDAH é percebido pela escola/professor nas pesquisas realizadas? Como o discurso produzido pelo professor na escola pode interferir na construção da subjetividade destes estudantes? Assim, o objetivo geral dessa investigação consiste em investigar, a partir de pesquisas já realizadas, como os discursos produzidos pela escola/professor acerca de estudantes com TDAH podem interferir na construção da subjetividade desses sujeitos. A metodologia utilizada neste estudo foi uma revisão sistemática da literatura, tendo como fonte de referência o banco de teses e dissertações da CAPES entre os anos de 2011 a 2012. A discussão dos dados foi feita com base na metodologia de análise do conteúdo, sendo levantadas três categorias de análise considerando-se os termos e características recorrentes nas concepções dos professores sobre o TDAH: aluno desatento/desconcentrado; aluno indisciplinado e aluno com dificuldade de interação. A análise de tais discursos, fundamentada na Teoria Histórico-Cultural a partir de autores como Vigotski; González Rey e Angel Pino, aponta que a subjetividade é constituída não apenas como uma organização intrapsíquica individual, mas como produção diferenciada e simultânea de sentidos subjetivos em dois níveis estreitamente relacionados entre si, o individual e o social, portanto que a mesma sofre interferências do discurso da escola/professor.