Investigação da atividade neuroprotetora e anti-inflamatória da apigenina em modelos in vitro de neuroinflamação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dourado, Naiara Silva
Orientador(a): Costa, Silva Lima
Banca de defesa: França, Luciana Souza de Aragão, Fortuna, Victor Antônio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciência da Saúde
Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24611
Resumo: A doença de Alzheimer (DA) é caracterizada pelo acúmulo de proteína β amiloide (Aβ) e aumento da resposta inflamatória mediada por microglia e astrócitos, que uma vez ativados, liberam citocinas pró-inflamatórias, como IL1β, favorecendo a neurodegeneração. Este estudo avaliou o potencial neuroprotetor e anti-inflamatório do flavonoide apigenina em modelos in vitro de neuroinflamação induzida por LPS, IL1β ou Aβ. Co-culturas de células gliais e neurônios, cultivadas a partir do córtex de ratos Wistar, foram expostas durante 24 h ao LPS (1 μg/mL) ou IL1β (10 ng/mL), ou durante 4 h aos oligômeros Aβ (500 nM) e então tratadas com apigenina (1 μM) por 24 h. Observou-se através de marcação com Fluoro Jade B e caspase 3, que a apigenina não foi neurotóxica e apresenta efeito neuroprotetor frente ao dano inflamatório. A análise por imunocitoquímica revelou que a apigenina reduziu a ativação inflamatória e proliferação microglial, através da redução dos marcadores CD68 e BrdU, respectivamente, assim como favoreceu a preservação da integridade de neurônios e astrócitos e modulou o padrão morfológico microglial, determinado pelos marcadores βtubulina III, GFAP e Iba1, respectivamente. O efeito imunomodulador da apigenina, avaliado por qRT-PCR demonstrou que a apigenina não induziu alterações na expressão de IL-6, IL-1β e CCL5, porém induziu aumento da expressão de BDNF. O dano com IL-1β induziu aumento nos níveis de IL-6, IL-1β e CCL5, e diminuição na expressão de IL10 e BDNF. Entretanto, após indução de dano, a apigenina induziu redução da expressão de IL-6 e CCL5 e aumento dos níveis de IL-10 e BDNF. Estes dados sugerem que a apigenina tem potencial neuroprotector e anti-inflamatório.