Ação anti-inflamatória e citotoxicidade sobre células íntegras e tumorais da apigenina e tt-farnesol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Zafalon, Edílson José
Orientador(a): Pereira, Paulo Zárate
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1598
Resumo: Os produtos naturais e seus derivados são fontes inesgotáveis de agentes terapêuticos. A própolis e seus componentes participam desse contexto, em especial, a apigenina e o tt-farnesol, dois importantes flavonoides/terpenoides presentes no extrato. Embora investigações tenham demonstrado a ação anti-inflamatória do extrato de própolis, não há relatos dessa atividade em seus componentes, quando avaliados isoladamente. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade anti-inflamatória e a citotoxicidade da apigenina e do tt-farnesol, isolados e em associação. A amostra foi constituída de 90 camundongos Swiss. A atividade anti-inflamatória foi avaliada pelos modelos de migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal (n=60) e edema de pata (n=30). A citotoxicidade foi avaliada pelo teste de viabilidade celular em macrófagos e em células tumorais. A análise estatística foi realizada pela ANOVA e pós-teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Em relação à migração de neutrófilos, os resultados mostraram que não houve diferença significativa entre os grupos experimentais, exceto para os animais que receberam dexametasona e a associação apigenina + tt-farnesol. Nesses dois grupos, a contagem de neutrófilos foi significantemente menor que os demais (p<0,001). Sobre o teste do edema de pata, em nenhum dos tempos avaliados houve diferença significativa entre os grupos experimentais, com exceção do tempo de 240 minutos, quando o edema de pata dos animais do grupo tt-farnesol + apigenina e do grupo dexametasona (controle positivo) foi significativamente menor do que observado no grupo apigenina 100 µL (p<0,05). Os camundongos que receberam dexametasona foram os únicos que não apresentaram diferença de edema entre os tempos de análise (p=0,072). Na avaliação da citotoxicidade/viabilidade celular, verificou-se que as células mantiveram-se viáveis nos três tempos experimentais (24, 48 e 72 horas), apresentando uma menor atividade mitocondrial no tempo de 24 horas para as células íntegras. Em relação às células tumorais, observou-se redução da viabilidade celular nos mesmos tempos. Concluiu-se que há atividade anti-inflamatória das substâncias quando aplicadas isoladamente, porém, apresentam maior expressão quando associadas; além disso, tanto a apigenina quanto o tt-farnesol não são citotóxicos para as células íntegras, visto a manutenção positiva da viabilidade celular, o que não foi observado para as células tumorais.