Validação da Escala Medo de Ser Enganado para o contexto brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Netto, Anna Luisa Abreu
Orientador(a): Bruni, Adriano Leal
Banca de defesa: Soares Júnior, Jair Sampaio, Oliveira, Sergio Ricardo Goes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração - NPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29335
Resumo: Nos processos de compra, há, frequentemente, um risco de que consumidores sejam enganados por vendedores que se beneficiem do ato e tenham a oportunidade para tanto. Os consumidores lidam com este risco de formas diferentes. Enquanto alguns consumidores vão agir com constante vigilância e ceticismo para evitar serem enganados, outros vão se comportar com maior tranquilidade no ambiente de compra e vão confiar nas informações dadas pelos vendedores. Esta diferença, corroborada teoricamente pela literatura, sugere que o medo de ser enganado é um traço de personalidade, que pode ser medido por meio de uma escala. Seguindo esta linha, o presente estudo teve por objetivo validar a Escala Medo de Ser Enganado (EMSE) para o contexto brasileiro. Os procedimentos metodológicos foram divididos em duas fases. Na primeira fase, foi feita a tradução e adaptação da escala, envolvendo os seguintes estágios: traduções, síntese das traduções, tradução reversa, análise por comitê preliminar, pré-teste da versão preliminar e elaboração da versão final por comitê de especialistas. A segunda fase consistiu na análise psicométrica da escala traduzida. Uma amostra de 230 indivíduos, não probabilística, utilizando a técnica de bola de neve por meio de redes sociais, foi coletada. Os resultados da análise apontaram que a EMSE possui: uma adequada consistência interna, considerando o cálculo do Alfa de Cronbach; validade convergente, existindo correlação entre a subescala Preço, que é parte da escala do Sentimento do Consumidor frente ao Marketing de Gaski e Etzel, e a EMSE; validade discriminante, inexistindo correlação entre a escala Ceticismo frente à Propaganda de Obermiller e Spangenberg e a EMSE; e validade fatorial, verificado por meio da Análise Fatorial Confirmatória, confirmando a adequação do modelo bidimensional (Proteção de Recursos e Proteção de Status), com quatro itens em cada dimensão. A segunda amostra, coletada para verificação da estabilidade da escala, foi composta por 45 estudantes de duas turmas de graduação da Universidade Federal da Bahia e foi coletada em dois tempos, separados por quinze dias. A análise da correlação de teste-reteste mostrou que a EMSE possui uma boa estabilidade. Diante destes resultados, a Escala Medo de Ser Enganado, traduzida e adaptada para o português, apresentou confiabilidade e validade de construto, indicando que há fortes evidências de adequação do instrumento para futuras pesquisas no Brasil.