A cartografia no cinema de Abbas Kiarostami e Eduardo Coutinho: estéticas de um cinema cartográfico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Jessica Gonçalves de
Orientador(a): Jesus, Djane Santiago de
Banca de defesa: Jesus, Djane Santiago de, Galeffi, Dante Augusto, Viana, Joaquim, Pinheiro, Heloísa Lucia Castelar
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Doutorado Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento.
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28096
Resumo: Considerando o fértil cenário da produção cinematográfica, esta tese tem como objeto de estudo os filmes de Abbas Kiarostami e Eduardo Coutinho tendo como objetivo principal desenvolver perspectivas estéticas a partir do cinema de destes dois cineastas do ponto de vista da cartografia proposta por Gilles Deleuze e Félix Guattari, a fim de fabular o conceito de “estética cartográfica”. A partir de filmes selecionados de ambos os diretores analisamos como assuas linguagens cinematográfica puderam utilizar-se da metodologia cartográfica, encontrando uma conexão entre ambos os cineastas enquanto suas formas de fazer filme, suas estéticas. Trata-se de um diálogo entre os estudos europeus - pós estruturais, o cinema latino americano e o cinema do oriente médio, tendo como metodologia utilizada a própria cartografia. Nossa tessitura textual não é apenas sobre a cartografia, mas é desde a cartografia exatamente por compreender a complexidade das subjetividades contidas neste movimento. A cartografia aqui se dá como uma maneira de conceber este estudo, em uma postura epistemológica e de vida implicando em uma aposta na experimentação do pensamento, assumindo-o como atitude. Atentamos para os encalços que se dão neste texto compreendendo os afectos e desejos presentes nos filmes analisados, refletindo seus potentes elementos estéticos, para abertura da fabulação do conceito de “estética cartográfica”. Salienta-se a criação de um roteiro para um filme cartográfico, que apesar de não ter sido produzido, buscou sobrevoar um universo cósmico, molecular e infinito de uma comunidade rural, mas em um estado transcendental que tende a desorganizar o universo conhecido. Os elementos tecidos neste estudo nos permite concluir que ambos os diretores aqui analisados são detentores de uma narrativa capaz de tornar os seus filmes, um objeto de um dispositivo de invenção e um potencializador de fabulação. É neste sentido que, afirmamos que o cinema cartográfico é, também uma intervenção que vem a acontecer no plano de forças que o cartógrafo (cineasta) se encontra. Intervir no sentido de fazer uma imersão em um plano de força de modo que, aquele que cartógrafa e a cartografia, se dissolve.