Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gabriele Amorim
 |
Outros Autores: |
Amorim, Gabriele |
Orientador(a): |
Souza, Cláudio Lima
 |
Banca de defesa: |
SOUZA, CLAUDIO LIMA
,
OLIVEIRA, MÁRCIO VASCONCELOS
,
DE MELO, FABRÍCIO FREIRE
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC - IMS)
|
Departamento: |
Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41015
|
Resumo: |
A predição da gravidade e prognóstico na COVID-19 através de biomarcadores confiáveis continua sendo desafiador para a comunidade científica. Este estudo objetiva identificar na literatura evidências da contribuição da osteopontina (OPN) na avaliação precoce de gravidade na COVID-19, seu potencial como preditor de desfechos desfavoráveis e identificar sua correlação com outras citocinas inflamatórias. Dois artigos compõe este volume: Uma revisão sistemática composta por 13 artigos, envolvendo participantes adultos e pediátricos, que investigaram a osteopontina como marcador de gravidade, prognóstico, mortalidade e aspectos de imunopatogênese na COVID-19. Os estudos foram realizados na Europa, Ásia e América do Norte, evidenciou-se lacuna no comportamento deste biomarcador em populações de países em desenvolvimento. Os desfechos avaliados indicam que OPN tem participação na imunopatogênese da COVID-19, identifica diferentes níveis de gravidade e prevê prognósticos desfavoráveis. Os pontos de corte da OPN para distinção de gravidade e prognósticos foram distintos e de difícil comparação entre os estudos, reiterando a necessidade de novos estudos. Segundo artigo traz uma avaliação de uma coorte prospectiva, com participantes ≥18 anos, com diagnóstico confirmado de COVID-19, internados na UTI de um Hospital do Nordeste do Brasil. A associação da OPN com os parâmetros clínicos e imunológicos foi realizada pela regressão de Poisson com variância robusta. O ponto de corte da OPN na admissão para prognóstico do óbito foi estimado pela curva ROC. Dos 52 participantes, 55,8% eram do sexo masculino e 63,5% tinham 60 anos ou mais. O ponto de corte da OPN na admissão foi de ≥31,0 ng/ml (AUC:0,743). A OPN elevada na admissão foi associada ao prognóstico óbito (RR:2,31, IC95%:1,34-3,98), anemia grave (RR:1,67, IC95%:1,03-2,70) e PCR elevada ≥173,5 mg/dL (RR:2,46, IC95%:1,34-4,52). Os marcadores imunológicos com correlação positiva significativamente associados OPN na admissão foram IL-1β, IL-2, TGF-β e IFN-ᵞ. A osteopontina elevada na admissão surgiu como bom marcador de prognóstico desfavorável na admissão e ainda após 5 dias em UTI. As assinaturas imunológicas associadas OPN elevada na admissão favorecem a respostas hiperinflamatória, propiciam a migração e ativação de macrófagos e células T e um microambiente receptivo para ações pró-inflamatórias e pró fibróticas. Conclusão: Na população analisada, OPN revelou-se como importante biomarcador de prognóstico desfavorável e maior mortalidade na COVID 19. Tem importante relação com resposta inflamatória, inclusive perdurando por mais tempo como preditora até o 5º dia pós internação em UTI. Novos estudo são necessários para melhor entendimento da OPN com outras citocinas e da longevidade deste biomarcador na COVID longa. |