Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cerato, Júlia Amanda |
Orientador(a): |
Wowk, Pryscilla Fanini |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55845
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Resumo: |
A dengue é a arbovirose que se alastra mais rapidamente pelo mundo constituindo um sério problema de saúde pública global. É uma doença com um amplo espectro de manifestações clínicas, responsável por aproximadamente 100-400 milhões de infecções por ano no mundo. O Brasil contribui com o maior número de casos notificados de dengue. Não há tratamento específico para dengue, sendo assim necessária a busca de potenciais alvos para terapias antivirais como proteínas celulares que possuem a expressão passível de modulação e que são relevantes durante a infecção com o Dengue virus (DENV). A osteopontina (OPN) é uma glicoproteína, envolvida em diversos sinais transcricionais e vias de sinalização. Também foi sugerido seu envolvimento na polarização da resposta imune celular. Em processos inflamatórios, tais como infecções virais, a expressão da OPN se encontra aumentada. Para avaliar o papel da OPN e a dinâmica da sua expressão durante a infecção in vitro com o DENV o presente projeto focou no desenvolvimento e caracterização de ferramentas para estudo desta proteína. Quatro anticorpos monoclonais (AcMs) anti-OPN foram caracterizados quanto ao seu perfil de reatividade em linhagens celulares através da técnica de imunofluorescência indireta e pela técnica de Western Blot quanto a sua reatividade à proteína recombinante. Os AcMs apresentam perfis de reação distintos nas linhagens testadas e apenas um dos AcMs apresentou reatividade no Western Blot. Para gerar uma linhagem de células A549 deficientes em OPN duas estratégias distintas foram empregadas, a partir do uso do sistema constituído por repetições palindrômicas curtas interespaçadas e regularmente agrupadas (CRISPR) e sua proteína associada 9 (Cas9). A primeira estratégia foi baseada na eletroporação do complexo ribonucleoprotéico e a segunda baseada na eletroporação do plasmídeo a partir do qual é transcrito o RNA guia e o RNA mensageiro para síntese de SpCas9 na célula alvo. Embora as duas estratégias tenham mostrado indícios de edição gênica, o desenvolvimento de uma linhagem clonal deficiente na expressão de osteopontina ainda não foi possível. Resultados preliminares do grupo e a literatura indicavam que a OPN é modulada durante a infecção com DENV. Desse modo, células A549 foram infectadas com DENV-4 e a expressão de OPN foi avaliada em diferentes tempos pós-infecção. No entanto, não foi observada alteração na expressão da OPN nas células A549 infectadas ou não com DENV. Por fim, o trabalho que foi realizado contribuiu na assimilação de conhecimento técnico sobre as técnicas de edição gênica empregadas, contribuiu para uma melhor caracterização dos AcMs previamente gerados no laboratório e nos permitiu avançar na compreensão do papel que a proteína desempenha durante a infecção por DENV. |