Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pianna, Bruno Ribeiro |
Orientador(a): |
Araújo, Tânia Maria Fonseca |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21501
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Resumo: |
Os foraminíferos estão distribuídos na plataforma oceânica desde a zona costeira até a zona abissal e são sensíveis às mudanças ambientais, tanto por fatores bióticos como abióticos. As assembléias de foraminíferos encontradas foram utilizadas como bioindicadoras ambientais com o objetivo de identificar as variações paleoceanográficas e paleoclimáticas que ocorreram no talude e sopé continentais da Bacia do Jacuípe, durante o Período Quaternário. Os testemunhos tipo “pistão câmara” SIS-288, REG-54 e REG-8 foram coletados no talude e sopé continentais, em profundidades de 1500, 2180 e 2620 metros, respectivamente. A microfauna de foraminíferos foi analisada em 38 amostras de sedimento dos três testemunhos. Foram isolados 11.181 espécimes pertencentes a 192 taxa, 66 gêneros, 182 espécies, 11 formas (quatro típicas) e duas subespécies representados, principalmente, pelas espécies: Globigerinoides conglobatus, Globigerinoides elongatus, Globigerinoides ruber, Globigerinoides saculifer, Globigerinoides trilobus, Globigerina bulloides, Globorotalia crassaformis, Globorotalia menardii, Globorotalia truncatulinoides e Orbulina universa. Os índices de diversidade, riqueza e equitatividade das espécies de foraminíferos foram altos. Os padrões de distribuição, as variações das abundâncias das espécies bioindicadoras e a razão bentônico/planctônico ao longo do testemunho atribuíram conotações bioestratigráficas correspondentes às biozonas internacionais do Quaternário, e sugerem variações eustáticas do nível relativo do mar que estão relacionadas aos eventos climáticos globais durante este Período. Foram identificadas as Zonas X, Y e Z e as subzonas Y5, Y4, Y3, Y2, Y1, Z2 e Z1. O intervalo entre a base e 3,50m do testemunho REG-8 foi depositado durante o último intervalo interglacial do Pleistoceno (Zona X). A associação microfossilífera encontrada nesse intervalo revela deposição sedimentar sob condições de águas oceânicas quentes. O intervalo estratigráfico que se estende da base até 0,40m do testemunho SIS-288, da base até 0,30m do testemunho REG-54 e da profundidade de 3,50m até 0,10m do testemunho REG-8 foi reconhecido como o último intervalo glacial do Pleistoceno (Zona Y). A associação microfossilífera encontrada nesse intervalo revela deposição sedimentar sob condições de águas oceânicas frias, sugerindo um enfraquecimento da Corrente do Brasil nessa região do Atlântico Sul. O retorno do Plexo Globorotalia menardii nas amostras 0,40-topo do testemunho SIS-288, 0,30-topo do REG-54 e 0,10-topo do testemunho REG-8 indica o intervalo estratigráfico pós-glacial (Holoceno, Zona Z), sugerindo o retorno das águas tropicais da Corrente do Brasil a essa região do Atlântico Sul. Através dos limites bioestratigráficos foi possível inferir as baixas taxas de sedimentação dos três testemunhos. |