Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Santos, Jánderson Santana dos
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Orientador(a): |
Santos, José Antonio Lobo dos
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Banca de defesa: |
Santos, José Antonio Lobo dos
,
Pertile, Noeli
,
Suzuki, Júlio César
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
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Departamento: |
Instituto de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37091
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Resumo: |
A pesquisa analisou a questão agrária no município de Cachoeira-BA, compreendendo como a Agricultura Familiar se reproduz socialmente, no espaço agrário, marcado historicamente pelo modelo agrícola agroexportador e escravocrata, com a produção de cana-de açúcar e fumo. Metodologicamente, foram analisados os sistemas de produção agrícola, atividades agrícolas, tamanho das propriedades rurais, renda (agrícola, extra agrícola e programas sociais) e tipo de mão de obra utilizada. Foram realizadas entrevistas com a aplicação de questionários semiestruturados com os agricultores familiares e lideranças comunitárias, por meio de amostragem aleatória. Para alcançar os objetivos da pesquisa foi apresentado o debate teórico a partir dos conceitos, espaço na geografia, espaço agrário, questão agrária e conceituação da Agricultura Familiar no Brasil. O trabalho utiliza como referências os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do município de Cachoeira-BA e do Recôncavo Baiano acerca da dinâmica econômica, repartição fundiária e atividades agrícolas desenvolvidas. Desta forma, foi possível perceber que a concentração fundiária e o processo de minifundiarização tem conexão com a ocupação do espaço agrário, onde o Estado privilegiou a elite agrária para desenvolvimento do capitalismo no campo. Foram identificados no espaço agrário analisado os agricultores familiares que realizam atividades de produção de frango de corte (integrado, independente e parceiro), produção de mandioca, agricultura de autoconsumo e pequenas criações e nas comunidades tradicionais agricultura de autoconsumo, pesca, extrativismo e turismo de base comunitário). A Agricultura Familiar do município se reproduz socialmente, convivendo com a subordinação, precarização do trabalho, especialização da produção, dificuldade de acesso a serviços básicos e políticas públicas, e em alguns casos a renda principal ou complemento de renda sendo de atividades extra agrícolas e programas sociais. Contudo a pluriatividade se apresenta como uma estratégia de permanência no campo. A pesquisa aponta o papel do Estado como importante na formulação e implementação de políticas públicas estratégicas que garantam a reprodução social da Agricultura Familiar, caso contrário as contradições apresentadas podem permanecer e se ampliar no espaço agrário, colocando em risco a própria existência da Agricultura Familiar. |