O voyeur no jardim de Alah: uma etnografia sobre os prazeres sexuais semipúblicos na orla de Salvador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rosário, Marlon Araújo do lattes
Orientador(a): Silva, Moisés Lino e
Banca de defesa: Carvalho Filho, Milton Júnior de, Barreto, Victor Hugo de Souza, Silva, Moisés Lino e
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universisade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39528
Resumo: A presente etnografia insere-se em um conjunto de interações, sobretudo homoeróticas, que se estendem por circuitos da orla atlântica soteropolitana. Ao frequentar as praias de Salvador, percebi que esses espaços se organizam para além de pontos turísticos e locais de diversão familiar. Na praia do Jardim de Alah, campo recortado como lócus desta pesquisa, observei que esses espaços também podem ser tomados como lugar de sociabilidades masculinas engajadas em um sistema de trocas eróticas e sexuais que meus interlocutores chamam de “pegação no Paredão”. Neste local, principalmente durante a noite, a praia assume uma configuração diferente das dinâmicas mantidas durante o dia. Sob as margens do paredão rochoso que sustenta o Parque Costa Azul e separa parte da orla, homens se reúnem na busca por encontros homoeróticos na areia. A presente pesquisa intersecciona uma discussão sobre espaço urbano, práticas sexuais (como o voyeurismo) e mecanismos de controle da sexualidade, no intuito de compreender como os homens no Paredão articulam meios de apropriação do espaço público urbano na busca de prazeres sexuais em locais abertos. Categorias como: público e privado, exposição e privacidade, permissão e interdição são analisadas neste estudo.