“Voyeur Absoluto”: o olhar e a prótese

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rezende, Diego Pereira lattes
Orientador(a): Silveira Junior, Potiguara Mendes da lattes
Banca de defesa: Alvarenga, Nilson Assunção lattes, Alonso, Aristides Ledesma lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/166
Resumo: Investigação sobre o “olhar” a partir de três deslocamentos teóricos: do retiniano ao conceitual, do Ser ao Haver e do “olhar” ao “voyeur”. O primeiro deslocamento busca o entendimento do flerte entre “olhar” e “imagem” segundo alguns escritores e filósofos do século XX. Isto atrelado à abordagem do processo de criação de determinados fotógrafos cegos ao redor do mundo: Evgen Bavcar, Pete Eckert, Gerardo Nigenda, Rosita McKenzie e do “Seeing with Photography Collective”, além das experiências vendadas do artista mineiro Cao Guimarães. Já o segundo movimento descreve a perspectiva teórica da Nova Psicanálise, criada em 1986, por MD Magno. Articulando, assim, à investigação sobre o “olhar”, algumas concepções da teoria: Haver e não-Haver, Cais Absoluto (termo de Fernando Pessoa), Prótese, Solércia, Mal-estar, Ato Poético e Cinco Impérios (Creodo Antrópico). Para, a partir disso, pensar a referência ao conceito de “indiferenciação” como possibilidade de criação de novas tecnologias visuais no século XXI, que vinculem neurociência, cosmologia, física quântica etc. E, em um terceiro passo, há o deslocamento da concepção do “olhar” para a do “voyeur” – a investidura do “olhante” como Tesão –, baseada na obra de Marcel Duchamp. Logo, a definição buscada aqui de “Voyeur Absoluto” (termo de Evgen Bavcar) é o resultado deste “Parangolé” (como descreve a Nova Psicanálise), da transa obtida nestes deslocamentos. O interesse, portanto, está no percurso, no movimento, no transe, na “indiferenciação” do “olhar” com o desígnio de refletir sobre um “voyeur protético”, análogo à Prótese inicial (abismo originário), que é anterior às oposições que se manifestam no campo do Ser (sujeito e objeto, corpo e mente, visível e invisível, luz e escuridão etc).