Autonomia na saúde mental: uma perspectiva dos profissionais de CAPS de Aracaju/SE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nascimento, Silvia Santos
Orientador(a): Silva, Luís Augusto Vasconcelos da
Banca de defesa: Nunes, Mônica de Oliveira, Jesus, Mônica de Lima de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16230
Resumo: Nas últimas décadas ocorreram mudanças significativas no modo de conceber e ofertar o cuidado em saúde mental. A lógica psicossocial pretende ser substitutiva ao paradigma psiquiátrico tradicional, e tem na inserção social desses sujeitos seu principal objetivo. Neste sentido, a produção de autonomia do portador de transtorno mental adquire um papel central no processo de tratamento. Trata-se do reconhecimento das possibilidades desses indivíduos de fazer escolhas, estabelecer relações e trocas sociais de acordo com expectativas e modos de vida próprios de cada sujeito. Contudo, a discussão da autonomia nesse contexto é bastante recente e recoberta de sentidos e conceitos diversos e imprecisos, apresentando dificuldades de entendimento e de adoção de estratégias que possibilitem a efetivação do cuidado nessa perspectiva. O objetivo desse estudo é compreender as dimensões do conceito de autonomia referida aos usuários para profissionais de CAPS a partir de suas práticas de cuidado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utilizou como estratégias de coleta de dados entrevistas semiestruturadas com trabalhadores de um CAPS III de Aracaju e a observação participante no cotidiano desta instituição. Na análise dos dados, empregou-se o método de análise de conteúdo a partir de categorias analíticas. Os resultados demonstram que os trabalhadores atribuem diferentes significados acerca do termo autonomia, os quais influenciam na adoção das intervenções e estratégias utilizadas na prestação do cuidado. Evidenciou-se também a presença de fatores que interferem na prestação de cuidado, quais sejam: cuidado interdisciplinar, fragilidade teórica da equipe, constante renovação da equipe, entre outros. Os resultados apontam para a necessidade de se investir em práticas que contribuam e alterem significativamente as condições de saúde e vida das pessoas com transtorno mental.