Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Flávia Carneiro da
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Orientador(a): |
Santos, Carlos Antônio de Souza Teles |
Banca de defesa: |
Santos, Carlos Antônio de Souza Teles,
Figueiredo, Maria Aparecida Araújo,
Souza, Sandra Ely Barbosa de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
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Departamento: |
Instituto de Saúde Coletiva - ISC
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38159
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Resumo: |
A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV é uma tecnologia considerada estratégica nos programas de prevenção combinada do HIV no Brasil e no mundo. Além da função preventiva, é um método que tem a possibilidade de vincular pessoas expostas ao HIV aos serviços de saúde. O presente estudo visa analisar o acesso de usuários do SUS à PEP e o retorno às consultas de acompanhamento no município de Salvador - BA. A população do estudo foi constituída pelas pessoas que buscaram a PEP no município, no período de janeiro a dezembro de 2018. A coleta de dados foi realizada utilizando informações das planilhas de monitoramento das unidades de pronto atendimento (UPA) do município de Salvador e através de coleta de informações em prontuários no serviço médico de atenção especializada (SEMAE). Foram empregadas análises descritivas e modelo de regessão. Na descritiva, foram obtidas frequências absolutas e percentuais; na análise bivariada, empregando regressão logística, foi obtido o odds ratio (OR), com repectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%), para o desfecho prescrição de PEP foi adotado o nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). Para as análises estatísticas foi utilizada o stata versão 12.0. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa CAAE: 25525719.6.0000.5030 assegurando a confidencialidade e a privacidade dos participantes. Das 1.525 pessoas que buscaram a PEP nas UPA, 1.273 (83,5%) apresentaram critérios de elegibilidade à PEP e 252 (16,5%) não apresentaram. Deste grupo de pessoas elegíveis, 1.166 (91,6%) tiveram a prescrição dos antirretrovirais (ARV) e foram orientados a seguir com as consultas de acompanhamento do protocolo, porém 107 (8,4%) pessoas, apesar de apresentarem os critérios de inclusão na PEP, não receberam a prescrição dos ARV. Os homens foram os que mais procuraram a PEP, totalizando 69,2% dos atendimentos. A faixa etária predominante foi de 24 a 34 anos e a exposição mais frequente foi a relação sexual consentida com 76,3%. Do total de pessoas que receberam a prescrição da PEP, 226 (19,4%) retornaram à primeira consulta, 115 (9,9%) à segunda consulta e 33 (2,8%) à terceira consulta para conclusão do protocolo. A maioria dos usuários que compareceram a primeira consulta de acompanhamento no SEMAE era: do sexo masculino (64,6%), com idade maior igual a 34 anos (37,2%) e com exposição por relação sexual consentida (70,4%). O estudo revela que o maior entrave do protocolo é a falta do acompanhamento PEP no serviço especializado devido o não comparecimento do usuário, indicando a necessidade de reestruturação do PCDT-PEP no município. É de suma importância também divulgar essa ferramenta de prevenção para promover mais acesso das pessoas à profilaxia e aos cuidados de saúde, assegurando o direito de todos ao conhecimento e utilização do conjunto de métodos preventivos disponíveis no Sistema Único de Saúde que se adequem às suas necessidades individuais e evitem novas infecções pelo HIV. |