Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Nelma Bispo |
Orientador(a): |
Barzano, Marco Antônio Leandro |
Banca de defesa: |
Araujo, Maria Inêz Oliveira,
Leite, André Burigo,
Almeida, Rosiléia Oliveira,
Vieira, Fábio Pessoa,
Barzano, Marco Antônio Leandro,
Carmo, Edinaldo Medeiros |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
em Ensino, Filosofia e História das Ciências
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33339
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Resumo: |
O objetivo geral deste trabalho foi compreender como a Educação Ambiental é vivenciada em uma escola pública, tendo como base a execução de trabalhos com programas e projetos ambientais. As experiências dos professores revelaram-nos sobre a mobilização de saberes e de práticas vivenciadas no exercício profissional, na perspectiva de implementar a educação ambiental no contexto escolar. Fomos instigados a identificar as táticas e os modos de fazer utilizados pelos professores para burlar a prescrição curricular, de modo a (re)editar os projetos de Educação Ambiental. O estudo fundamenta-se na pesquisa qualitativa na modalidade das narrativas, que considera as experiências profissionais sobre o meio ambiente. Os professores selecionados para participar da pesquisa atuam em uma escola da rede estadual de Vitória da Conquista, no estado da Bahia. O percurso metodológico utilizado para produção dos dados foi o método narrativo, em que utilizamos um questionário para traçar o perfil do grupo pesquisado e entrevistas narrativas para obter as informações. Como fundamentação teórica e metodológica, realizamos um diálogo, principalmente com Paulo Freire, Michel de Certeau e José Contreras. As narrativas revelam as experiências dos professores com os projetos ambientais e como lidam com as propostas de educação ambiental que chegam à escola e as suas (re)edições. Assim, o nosso foco incide no modo como os professores realizam, modificam, criam e reinventam os projetos desenvolvidos na escola como forma de resistência para torná-los contextualizados. Os alunos envolveram-se com os projetos, agindo como multiplicadores de bons hábitos e costumes na família. Constatam-se duas maneiras como os professores lidam com a EA: (a) com autonomia, propondo-se a fazer diferente do que foi proposto e/ou (b) com subordinação às avaliações externas. Entretanto, a trajetória profissional, a prática com os projetos e a reflexão na ação permitiram que os professores desenvolvessem o saber ambiental para ousar e criar “táticas” para tornar as propostas dos projetos mais próximas da realidade. É importante considerar a força do professor autônomo, capaz de fazer escolhas, comprometido com as transformações da realidade cotidiana, uma vez que ele, como materializador curricular nos seus contextos escolares, tem na educação ambiental crítica um instrumento de vigilância, resistência e de libertação. |