Funny Games: o cinema cru de Michael Haneke

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sampaio, Livia
Orientador(a): Gomes, Regina
Banca de defesa: Cardoso Filho, Jorge, Mendes, Cleise
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Comunicação e Cultura Contemporâneas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23551
Resumo: Esta pesquisa aborda as estratégias narrativas e estéticas articuladas no filme Funny Games (1997), do diretor austríaco Michael Haneke, a fim de causar determinadas sensações no espectador. Pretende-se identificar de que forma o estupor causado por este filme, considerado violento e cruel, ao invés de sentenciar o Haneke a um provável ostracismo, abriu as portas do disputado mercado internacional para seus filmes posteriores, com a peculiaridade de ter um remake norte-americano, feito pelo próprio diretor, dez anos depois. No primeiro momento serão analisados os elementos que dão forma ao filme. Para o estudo da narrativa será priorizado o trabalho de Paul Ricoeur. As abordagens de David Bordwell embasarão questões específicas da arte cinematográfica, tanto relacionadas com a narrativa quanto com o estilo. Em seguida, serão apresentados alguns dados sobre a recepção dos filmes de Michael Haneke para contextualizar a reação do espectador de Funny Games no universo fílmico do diretor. Por fim, será feita a análise deste filme, no âmbito de produção dos seus filmes austríacos, com o propósito de mostrar que as emoções convocadas por Funny Games são fruto das estratégias calculadas com precisão para impactar o público através de uma trama que coloca em evidência uma prática perturbadora: a crueldade. Como resultado, pretende-se demonstrar que a elaboração rigorosa de Haneke é a chave para manter e ampliar a visibilidade sobre seus filmes, que persistem nos temas indigestos.