Essa terra é para filh@s e net@s, não vende e não pode trocar: a disputa entre o território tradicional quilombola-pesqueiro de Rio dos Macacos e o território militarizado da marinha do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cordeiro, Regina Paula de Oliveira
Orientador(a): Prost, Catherine
Banca de defesa: Prost, Catherine, Silva, Cátia Antônia da, Carvalho, Franklin Plessmann de, Accioly, Miguel da Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituo de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Program de Pós Graduação em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29389
Resumo: A história vicenciada sobre o território tradicional do Quilombo Rio dos Macacos (Bahia) e a capacidade que esta comunidade tem em permanecer neste território é, sem dúvida, o mote principal deste trabalho. Presentes nas terras e águas do território desde pelo menoso século XIX, vivenciaram a escravidão, o processo de libertação até chegaram nos dias atuais no qual suas identidades quilombolas e pesqueiras foram ecoadas nos quatro cantos do mundo, por cousa do conflito com a Marinha do Brasil.A Marinha chege efetivamente no território a partir da década de 1970 e começa a alterar as territorialidades tradicionais, exulpsa moradores, estupra mulheres, proíbe práticas produtivas, barra o principal rio da comunidade e afirma serem as terras e as águas como pertencentes ao território da Vila Naval, militarizando o cotidiano. Em paralelo, os/as quilombolas-pescadores/as do Rio dos Macacos continuam a ssumir o leme de suas vidas e se afirmam como donos legítimos do território. Eis aí que se inicia uma disputa pelo território, mas também há o início da disputa por modos de vida. Essa dissertação é uma tentaiva de sistematizar as práticas espaciais dos/as quilombolas-pescadores/as de Rio dos Macacos, bem como da Marinha do Brasil.Investigar e recuperar os principais elementos e acontecimentos jurídico-tecnicos-políticos que envolvem o conflito.Ao passo que as práticas espaciais são narradas as cartografias vão aparecendo materializando dois territórios:o terrítório quilombola pesqueiro do Quilombo rio dos Macacos , repleto de memórias, sonhos, sentimentos e sentidos e o territóri militarizado, que tenta se impor ao longo do tempo. Construída a partir da minha vivência no Quilombo há pelo mesno quatro anos, essa dissertação se propõe a construir uma geografia que pense nos conflitos a partir da vivência e da imersão nesses. Necessário ressaltar que a vivência territorial do Quilombo de Rio dos Macacos. Apesar de particular, possui relação com com as comunidades da Baía de Todos os Santos, ao passo que através da exploração de conflitos e identidades, as comunidades tradicionais da BTS se afirmam e se articulam a partir do Mivimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais. A solução do conflito territorial e a presenrvação do território tradicional têm relação direta com o acesso a políticasa públicas e a regularização fundiária completa do território, significando que nçao apenas os espaços de moradia devem ser considerados, mas também os usos tradicionais o que inclui o pleno acesso compartilhados dos cursos hídricos, incluso o rio dos Macacos e das áreas de agricultura e extrativismo.