Transformação da matéria: uma abordagem sócio-histórica do conceito de transformação química

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mendes, Maricleide Pereira de Lima
Orientador(a): Moradillo, Edilson Fortuna de
Banca de defesa: Penha, Abrão Felix da, Machado, Álvaro Lima, Ferreira, Antonio Leonan A., Sá, Carmen Silvia da Silva, Messeder Neto, Hélio da Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Universidade Estadual de Feira de Santana
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28046
Resumo: Esta pesquisa trata da defesa da abordagem sócio-histórica para se trabalhar o conceito moderno de transformação química, por considerarmos que esta abordagem avança na análise crítica da realidade social e da educação, tendo como objetivo maior a emancipação humana. Neste sentido, o trabalho procura trazer uma articulação do conceito moderno de transformação química da matéria com o contexto sócio-histórico em que foi produzido e consolidado. Trata-se de uma pesquisa teórico-bibliográfica, que utiliza como base o referencial metodológico do materialismo histórico-dialético. A escolha desse referencial partiu do entendimento de que ele nos permite uma ampla compreensão e explicação do objeto estudado na pesquisa. Neste sentido, foi imprescindível recorrermos à literatura que trata das seguintes áreas do conhecimento: trabalho como categoria fundante do ser-social; modo de produção de subsistência; e a história da ciência e da química, além de revisarmos os termos em que a relação entre trabalho e educação estariam colocadas na Ontologia do Ser Social. Analisamos os textos de Lessa, Tonet, Marx, Duarte e de Saviani, bem como de outros autores que nos ajudaram a traçar uma contextualização do conceito de transformação química a partir da centralidade do trabalho na constituição do homem como ser social. O estudo procurou estabelecer conexões entre o modo de produzir bens materiais e conhecimento/ciência. Procuramos explanar que, após a revolução industrial, a ciência entrou, de forma sistemática, no sistema produtivo, configurando-se como força propulsora do desenvolvimento social e tecnológico, tendo como lastro, do ponto de vista da economia política, a acumulação de capital. Nesse percurso histórico-crítico, discutimos elementos que procuram estabelecer as inter-relações das transformações químicas e o desenvolvimento no modo de produção moderno, com ênfase nas suas raízes epistemológicas e da econômica política, e pensamos em uma proposta didática que visou integrar e contextualizar histórica e socialmente o ensino do conceito de transformação química. A proposta foi baseada na Pedagogia Histórico-Crítica, que foi desenvolvida pelo filósofo da educação Dermeval Saviani, e tem como pressupostos o materialismo histórico e dialético. Nesse processo, rompeu-se com a visão ingênua de educação, conhecimento, ensino e aprendizagem. A caminhada de construção desta pesquisa evidenciou ser possível um trabalho educativo baseado na Pedagogia Histórico-Crítica e nos seus fundamentos. Entretanto, consideramos que esta não é uma tarefa fácil, pois exige do professor, além de compromisso profissional, uma formação adequada e contínua capaz de instrumentalizá-lo na relação teoria e prática dessa pedagogia.