Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Freire, Iami Rebouças
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Orientador(a): |
Rangel, Sonia Lucia
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Banca de defesa: |
ALCANTARA, PAULO HENRIQUE CORREIA,
SANTOS, ELISA MENDES OLIVEIRA,
CAMPBELL, PATRICK GEORGE WARBURTON,
FARIAS, SERGIO COELHO BORGES,
RANGEL, SONIA LUCIA |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
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Departamento: |
Escola de Teatro
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36902
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Resumo: |
Ulteridades é uma pesquisa prático-teórica inserida na linha de Poéticas e Processos de Encenação. O seu objeto é o processo de criação de uma EncenaçãoTese para a qual a relação da atriz em cena, com suas personas, personagens e espectadores, foi tomada como Princípio Dominante. Ao longo dos quatro anos de pesquisa, foram realizadas oito Imersões Criativas, quatro em Salvador (Brasil), três em Northampton e uma em Londres (Inglaterra). A atriz, em procedimentos de improvisação, explora os paradoxos inerentes ao universo da criação cênica e da sua prática artístico-acadêmica, nas quais aparece a temática da alteridade no teatro. O enfoque metodológico, que a autora já vem desenvolvendo desde o mestrado, com uma pesquisa vocal para o teatro e também resultou na encenação Umbigüidades, é aqui aprofundado. Do ponto de vista filosófico, seguindo a proposição da Abordagem Compreensiva, adotada por Rangel (2012) – em consonância com Pareyson (2001) – para a qual o “método” de trabalho instaura-se no próprio processo da criação, com seus Princípios e Procedimentos específicos, a atriz em cena, em diálogo com seus espectadores, atua como criadora da EncenaçãoTese. A imagem do espelho fragmentado tornou-se eficaz para operar a forma do pensamento, de como foram apropriadas as referências para o desenvolvimento dessa EncenaçãoTese. Obedecendo à compreensão dos pensamentos instaurados nas ações cênicas, essas referências funcionam para a construção do sentido de alteridade experimentado no próprio processo da encenação e na escrita da tese. O espaço do palco é, assim, explorado para colher e editar material artístico e filosófico e estimular o debate com o público, envolvendo-o no desenvolvimento da encenação como participante ativo. Dessa forma, um diálogo sem hierarquias é estabelecido com autores teóricos e artistas, tais como: Arthur Schopenhauer, Carl Jung, Constantin Stanislavski, Emanuel Lévinas, Friedrich Nietzsche, Gaston Bachelard, Guimarães Rosa, Luigi Pareyson, Machado de Assis, Robin Nelson, Simon Jones, William Shakespeare, só para citar alguns. As duas personagens elaboradas no processo, Filosofeu e Babel, ocupam lugar de destaque na cena, entrelaçando situações cômico-trágicas, mediando a problemática da atriz, seu duplo entre ser e não ser personas e personagens. Importante para a leitura da tese é o acompanhamento de trechos do registro videográfico das oito Imersões Criativas e dos ensaios, assim como a gravação completa de uma das oito apresentações da temporada, disponibilizadas em DVD. Os resultados da pesquisa afirmam o lugar da prática como produção de conhecimento, assim como a abertura de perspectivas para a expressão artística no universo acadêmico. |