Reformas e desempenho econômico no México (1990-2018)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Souza, Daniel Pereira Lima lattes
Orientador(a): Ferreira Júnior, Hamilton de Moura
Banca de defesa: Cabral, Bernardo Pereira, Ferreira Júnior, Hamilton de Moura, Jesus Júnior, Leonardo Bispo de, Souza, Antônio Renildo Santana, Lemos, Mauro Borges, Cario, Silvio Antônio Ferraz
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGECO) 
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40772
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo compreender a persistência de características de subdesenvolvimento no México, também identificada através da estagnação da renda per capita no patamar da renda média – Armadilha da Renda Média (ARM), destacando as estratégias de desenvolvimento implementadas pelos governantes mexicanos, com destaque para o período que compreende as reformas entre os anos de 1990 e 2018. O critério de escolha do país se fundamentou no fato de que, além de ser uma das maiores e mais complexas economias da América Latina, na estrutura socioeconômica mexicana reside graves problemas de pobreza e desigualdade. O recorte temporal se assenta nas especificidades dos episódios ocorridos no início da década de 1990, marcada por intensas políticas de austeridade macroeconômica e por uma nova projeção internacional, desenhada pela liberalização comercial e pela desregulamentação financeira. O fim do período recortado, 2018, coincide com o ano da vitória do presidente Andrés Manuel López Obrador, quando se tem, por parte da sociedade mexicana, a percepção de que as políticas empreendidas, até então, não foram capazes de resolver os problemas de desigualdade e pobreza e, muito menos, possibilitou a superação de características do subdesenvolvimento, portanto, caracteriza uma crise dos arranjos político e econômico vigentes no México. Finalmente, o exercício da exposição teórica, estatística e histórica permitem lançar conclusões sobre o processo de desenvolvimento econômico mexicano, dado que as estratégias políticas e econômicas empreendidas pelos governantes são analisadas a partir das limitações e das oportunidades de cada conjuntura macroeconômica. Com isso, concluiu-se que a estratégia de crescimento “orientado para fora” não gerou sustentabilidade e aprofundou a dependência externa - o aumento da dependência estrutural foi constatada através do fenômeno da subcontratação internacional e da persistência de déficits comerciais. Assim, tem-se com as reformas mexicanas um relativo êxito em termos de inserção internacional, com ampliação da complexidade da pauta de exportação, associada a uma frustração em termos de inclusão social, avanço estrutural e absorção de ganhos socioeconômicos por parte da população.