Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Silná Maria Batinga |
Orientador(a): |
Pinheiro, Bárbara Carine Soares |
Banca de defesa: |
Pinheiro, Juliano Soares,
Franco, Nanci Helena Rebouças,
Sepúlveda, Cláudia de Alencar Serra,
Pinheiro, Bárbara Carine Soares |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Física
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Programa de Pós-Graduação: |
em Ensino, Filosofia e História das Ciências
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30637
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Resumo: |
O objetivo do trabalho é identificar as aproximações e distanciamentos de uma perspectiva pedagógica decolonial no discurso dos professores de Química, de forma a contribuir para o entendimento de desafios e potencialidades no ensino de Química para a educação das relações étnico-raciais. A pesquisa está baseada nos referenciais da Decolonialidade, nos estudos da Educação das Relações Étnico-raciais e em pesquisas que envolvem o ensino de Química e a Lei 10.639/03. Dessa forma, a investigação se enquadra em uma pesquisa qualitativa empírica, pois investigou a percepção de dois professores de Química - que se autodeclaram negros, do Centro de Referência da Educação de Jovens e Adultos em Aracaju/SE sobre a relevância da temática racial na educação química através dos dados construídos a partir de entrevistas semi-estruturadas. Esses dados foram analisados pela metodologia de análise textual-discursiva (ATD), a qual gerou quatro categorias denominadas: conhecimento, dificuldades e efetivação da lei 10.639/03, racismo, políticas públicas e currículo. Com base na análise das categorias, foi identificado que o discurso da prática pedagógica de um dos professores está mais próximo da efetivação de uma perspectiva pedagógica decolonial do que o outro, este que apresenta um discurso meritocrático com relação as cotas raciais, folcloriza a cultura negra e não dá a devida representatividade aos cientistas negros. Dessa forma, percebemos que, quando se trata dessas questões, o professor dá a importância de acordo com as suas experiências de vida e, consequentemente, da sua percepção sobre o racismo. Portanto, para que os docentes sejam capazes de olhar para situação para além das suas experiências, é urgente a necessidade de se investir na formação continuada decolonial dos professores para que os capacite não só a compreender criticamente a importância das questões relacionadas à temática étnico-racial, mas a lidar positivamente com elas e, sobretudo criar estratégias pedagógicas que possam auxiliar a reeducá-las, em todas as modalidades de ensino. |