Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Damascena, Dhuliane Macêdo
 |
Orientador(a): |
Melo, Cristina Maria Meira de
 |
Banca de defesa: |
Melo, Cristina Maria Meira de
,
Silva, Sóstenes Ericson Vicente da
,
Santos, Tatiane Araújo dos
,
Oliveira, Jonas Sâmi Albuquerque de
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
|
Departamento: |
Escola de Enfermagem
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37960
|
Resumo: |
O objetivo da pesquisa foi analisar condições de produção de erro em processos ético-disciplinares tramitados, julgados e arquivados nos Conselhos Regionais de Enfermagem do Nordeste brasileiro. Trata-se de estudo analítico com abordagem qualitativa. Os locais do estudo foram os Conselhos Regionais da Bahia, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte. Foram incluídos na pesquisa processos éticos disciplinares tramitados, julgados e arquivados no período de 2000 a 2018. Para a análise dos dados, empregou-se a Análise de Conteúdo Temática proposta por Bardin. O processo analítico tomou como base a Teoria da Produção Social interpretada por Carlos Matus, considerando-se três espaços para a produção de erro no trabalho em enfermagem: espaço geral, espaço particular e espaço singular. No período investigado, foram identificados 19 processos com denúncia de erro no trabalho em enfermagem, envolvendo 26 trabalhadoras. Os resultados apontaram que a autoria do erro no trabalho em enfermagem é frequente entre técnicas e auxiliares em enfermagem, dada a natureza do trabalho que executam, predominando atividades assistenciais. O erro mais recorrente foi o de medicação no ambiente hospitalar. As condições de produção de erro mais frequentes no trabalho em enfermagem foram identificadas no espaço geral ou de determinação do erro (74,52%), com destaque para a precarização do trabalho, revelada pela intensidade do trabalho, pelo descarte do direito do trabalho e pelas condições precárias de trabalho. No espaço geral, ainda se evidenciou o modelo hierarquizado de organização do processo de trabalho em saúde e ausência de instrumentos de trabalho, como condições de produção de erro no trabalho em enfermagem. No espaço particular, as condições de produção de erro identificadas estavam relacionadas com a organização do processo de trabalho em enfermagem (15,09%). No espaço singular, que situa as singularidades das trabalhadoras em enfermagem, como conhecimento, habilidade e atitude, expressaram-se com menor frequência (10,3%) as condições de produção de erro. Concluiu-se que as condições de produção de erro foram identificadas com mais frequência no espaço geral, dos determinantes para a ocorrência de erro, sendo a precarização do trabalho a condição mais recorrente. As singularidades das trabalhadoras em enfermagem, situadas no espaço singular, emergiram com menor frequência como condições de produção de erro, demonstrando que essas profissionais não erravam sozinhas e nem suas singularidades eram predominantemente causas de erro. |