Nós: afetos e literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Mayana Rocha lattes
Orientador(a): França, Denise Carrascosa lattes
Banca de defesa: Franca, Denise Carrascosa lattes, Souza, Arivaldo Sacramento de lattes, Duarte, Rosinês de Jesus lattes, Braga, Cíntia Guedes lattes, Saunders, Tanya lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34879
Resumo: Esta pesquisa é o resultado de um mergulho nos afetos, em textos literários negros e sapatão. Acompanhando os afetos do medo, do amor, da raiva, do dengo e do erótico, busquei ler, sentir e aprender com esses textos literários como podemos usar os afetos para que estes, a partir do aparato colonial, não perpetuem esquemas de violência sobre nós, pessoas racializadas e desobedientes do gênero binário e da heteronorma. Que usos podemos fazer desses afetos para que, ao invés de nos matar, eles sejam de revide e bem viver? Com maior enfoque para as poéticas e narrativas negras, os textos escolhidos são diversos, mas, com maior ênfase na produção literária de mulheres negras sapatonas produzida no Brasil. Portanto, busquei construir uma crítica literária negra sapatão tendo em vista a minha decisão em movimentar esses escritos também a partir de minha própria experiência. Para isso, distribui essa pesquisa em nove ensaios: os dois primeiros ensaios de abertura, Chão e Rotas, os quais apresentam a pesquisa e a situa metodologicamente; Reflexo, Quebrada, Devolução, Perigosas e Zami são ensaios interdependentes que oferecem algumas refle xões acerca dos usos dos afetos a partir dos textos literários selecionados, feito em diálogo com alguns temas que versam sobre afetos coloniais; amor romântico; mestiçagem; abuso sexual; subjetividades e colonialidade; sapatão como categoria de raça, gênero, sexualidade e classe; outras amorosidades. No ensaio Ginga, faço uma reflexão sobre a própria prática da escrita ensaística. E Nós, texto que encerra o texto da tese, faço um ensaio/experimento literário no qual quis abrir caminhos de reflexão acerca de nossas vidas negras e sapatonas.