Associação de polimorfismos no gene do TGF-β1 com asma, marcadores de alergia e infecções helmínticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Ryan dos Santos
Orientador(a): Figueiredo, Camila Alexandrina Viana de
Banca de defesa: Figueiredo, Camila Alexandrina Viana de, Santos, Fabrício Rios, Gonçalves, Marilda de Souza, Trindade, Soraya Castro, Carneiro, Valdirene Leão, Costa, Silvia Lima
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17035
Resumo: A prevalência das doenças alérgicas vem crescendo em ritmo acelerado em todo o mundo estando inversamente associado à redução dos níveis de infecções. Estudos sugerem que no caso de infecções por helmintos existe a ativação de uma rede regulatória caracterizada pela mobilização de linfócitos T regulatórios produtores de IL- 10 e TGF-β1 que permitem a sobrevivência do parasito no hospedeiro e parece contribuir para a proteção contra doenças imunomediadas, tais como a asma. Entretanto, as alergias são doenças complexas determinadas não somente por fatores ambientais, mas também pela variabilidade genética interindividual. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi verificar como polimorfismos no gene da citocina imunoregulatória TGF-β1 se associam com infecções por helmintos e com sintomas e marcadores de asma alérgica. As variantes genéticas rs4803455, rs1800470, rs1800469 e rs2241712 foram selecionadas de acordo com estudos prévios na literatura. Foram analisadas as associações de tais SNPs com marcadores de infecção por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura e Toxocara spp., tais como carga parasitária, IgE total, IgE e IgG4 anti-A. lumbricoides. Além disso, foi avaliada a associação entre variações no gene do TGF-β1 com marcadores de doenças alérgicas, tais como, sintomas de asma, teste cutâneo e IgE específica contra alérgenos. Adicionalmente, foi realizado um estudo de associação deste gene candidato em quatro populações de ancestralidade africana, avaliando a relação de polimorfismo no gene do TGF-β1 com asma. Foi observada associação negativa entre o rs1800470 com asma atópica, IgE e teste cutâneo para alérgenos. Em contra partida, foi observada associação positiva entre os haplótipos das variantes no TGF-β1 e infecções helmínticas. Tais haplótipos também foram associados com maior produção de IL-10. O estudo de associação de gene candidato revelou novos SNPs no TGF-β1 associados com asma. Essas associações foram divergentes entres as populações analisadas. Dessa forma, a realização deste estudo demonstrou que indivíduos carregando determinados polimorfismos no gene do TGF-β1 apresentam menor risco para alergia e maior susceptibilidade para infecções helmínticas, especialmente devido a um aumento da produção de IL-10, destacando a importância da variabilidade genética sobre a modulação das alergias atribuída aos helmintos. Também foram reveladas novas variantes genéticas no TGF-β1 associadas com maior risco de asma.. Dessa forma, o polimorfismo no TGF-β1 parece contribuir para a asma na dependência de outros fatores genéticos e também fatores ambientais.