Ressonância magnética e métricas de imagem por tensor de difusão no diagnóstico da mielopatia associada ao HTLV-1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferraz, Sheila Nunes lattes
Orientador(a): Carvalho, Edgar M. lattes
Banca de defesa: Carvalho, Edgar M., Jesus, Pedro Antônio Pereira de, Carneiro Neto, José Abraão, Grassi, Maria Fernanda Rios, Costa, Davi Tanajura
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40003
Resumo: Introdução. No diagnóstico da mielopatia associada ao HTLV-1 (MAH), enquanto a ressonância magnética (RM) é essencial para excluir outras doenças, seu poder é limitado no diagnóstico específico da MAH, pois apenas 30% dos pacientes afetados apresentam atrofia da medula espinhal. A imagem por tensor de difusão (DTI) pode permitir a detecção de danos na microestrutura da substância branca. Neste estudo avaliamos quantitativamente os danos da medula espinhal usando métricas da DTI e avaliamos os parâmetros convencionais de ressonância magnética da medula espinhal em indivíduos infectados pelo HTLV-1. Métodos. Trata-se de um estudo transversal que envolveu 33 portadores de HTLV-1, 28 pacientes com MAH definida e 11 indivíduos saudáveis soronegativos. Medidas de anisotropia fracionada e difusividade média baseadas na região de interesse (ROI) foram realizadas nas regiões torácica superior e lombar da medula espinhal. O índice torácico foi definido como 1/ (diâmetro ântero-posterior x diâmetro transverso) medido no quinto nível da 5ª vértebra. A análise da curva ROC (Receiver Operating Characteristic) foi usada para determinar os valores de corte ideais de anisotropia fracionada, difusividade média e índice torácico. Resultados. Atrofia da medula espinhal foi observada em 15 (53,6%) pacientes com MAH definida. A área sob a curva ROC foi de 0,824 (95% CI, 0,716-0,932), 0,839 (95% CI: 0,736-0,942) e 0,838 (95% CI: 0,728-0,949) para anisotropia fracionada, difusividade média, e o índice torácico, respectivamente. Valores mais baixos de AF e valores elevados de difusividade média foram observados no grupo com mielopatia definida em comparação aos portadores de HTLV-1 e soronegativos no nível vertebral T5 (p < 0,01). Conclusão. Complementar à ressonância magnética convencional, a análise dos parâmetros DTI da medula espinhal e a determinação do índice torácico aumentaram a sensibilidade diagnóstico da mielopatia associada ao HTLV-1.