Avaliação clínica de alterações bucais em pacientes soropositivos para o HTLV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Martins, Fabiana Martins e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ATL
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23141/tde-09042009-113747/
Resumo: O HTLV-1 (Human T-Lymphotropic Virus) foi o primeiro retrovírus descoberto. Sua patogenia é relacionada à infecção das células T CD4+ e T CD8+ e sua disseminação depende da expansão clonal destas células. A imortalização celular e a resposta imune inflamatória direta contra o vírus levam os pacientes a desenvolverem a leucemia/ linfoma de células T do adulto (ATL) e paraparesia espástica tropical/mielopatia (TSP/HAM) respectivamente. Ainda que o vírus seja conhecido desde 1980, não existem trabalhos na literatura que evidenciem possíveis manifestações bucais associadas. Alguns estudos clínico-epidemiológicos, realizados em regiões altamente endêmicas para o vírus, apontam a possibilidade de associação entre o HTLV e a síndrome de Sjögren (SS). Este estudo objetivou conhecer melhor uma população HTLV+ identificando possíveis alterações estomatológicas. Foram avaliados 139 pacientes do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, sendo que 112 (80,5%) eram HTLV-1+, 26 eram (18,7%) HTLV-2 + e 1 paciente era soropositivo para ambos os tipos virais. Entre os pacientes HTLV-1+, 88 (64,7%) eram assintomáticos e 48 (35,3%) apresentavam TSP/HAM. As alterações bucais mais freqüentes foram: xerostomia (26,5%), candidíase (25,4%), língua fissurada (22,1%) e língua depapilada (12,4%). Modelos de regressão logística multivariada confirmaram a TSP/HAM como um fator de risco independente para xerostomia (p=0,02), apresentando, pacientes TSP/HAM+, 3 vezes mais chances de desenvolver xerostomia quando comparados com pacientes sem TSP/HAM (OR=2,69; 95%IC=1,17-6,17).