Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Freire, Maria do Rosário Santos |
Orientador(a): |
Sarmento, Viviane Almeida |
Banca de defesa: |
Sarmento, Viviane Almeida,
Marques, Aparecida Maria Cordeiro,
Bullen, Izabel Regina Fischer Rubira,
Castro, Jurema Freire Lisboa de,
Meireles, Gyselle Cynthia Silva |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Odontologia
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Programa de Pós-Graduação: |
em Odontologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20783
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Resumo: |
A mucosite bucal (MB) é um efeito adverso muito doloroso e frequentemente relacionado aos tratamentos de radioterapia (RxT) em cabeça e pescoço e quimioterapia (QT) oncológica. Formas de preveni-la, novos métodos terapêuticos são amplamente investigados visando melhor qualidade de vida para esta população, impedir a interrupção do tratamento, o que poderia comprometer a cura e sobrevida do paciente. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da fotobiomodulação com luz laser nos espectros vermelho (V) e infravermelho (IV) (P=40mW, irradiações de 30” em quatro pontos na fluência de 1,2J/cm2) e LED (P=150mW e tempo de 16”, DE=4,8J/cm2), na prevenção e tratamento da MB, secundária ao tratamento quimioterápico. Para tal, hamsters da linhagem Sirius dourados, foram submetidos à QT à base de 5-Fluorouracil (5-FU) e indução da MB, e posteriormente suas mucosas jugais foram tratadas com lasers V (670nm) e IV (780nm) e LEDs V (680nm) e IV (850nm). As irradiações foram realizadas a cada 48 horas e nos grupos preventivos iniciaram tratamento com luz um dia antes do protocolo de QT d(-1), enquanto os terapêuticos em d(+3). Os animais foram mortos aos sete e 14 dias e a mucosa jugal removida, preparada e avaliada histologicamente. Os animais ainda foram analisados de forma objetiva clinicamente, quanto ao grau de MB e massa corporal, mensurada no início e ao final dos dias experimentais; subjetivamente foi observada xerostomia, alopecia e injesta alimentar. Os resultados revelaram uma perda de massa corporal nos controles-positivos (QT e mucosite-indução) e em todos os grupos experimentais, sendo esta significante (teste t de Student; p< 0,05) principalmente nos animais mortos após sete dias, tanto nos grupos tratados com lasers quanto com LEDs. Histologicamente, apresentaram discreta inflamação predominantemente linfo-plasmocitária que tendeu a diminuir com o decorrer do experimento. Nos grupos lasers, tanto de forma preventiva quanto terapêutica, essa intensidade de inflamação foi mantida, a não ser quando do uso do laser V de forma preventiva (após sete dias). Em alguns espécimes tratados com LED V de forma terapêutica, o grau de inflamação chegou a ser moderado. A congestão vascular, ausente nos grupos controles-positivos, foi observada de intensidade discreta a severa, principalmente nos animais submetidos à fotobiomodulação com laser. Necrose tecidual foi um achado relativamente comum nos animais tratados com LED IV de forma terapêutica, mesmo grupo no qual a perda da integridade epitelial foi frequente e a fibrose tecidual foi encontrada em todos os grupos avaliados. A análise estatística (Qui-quadrado; α= 5%) revelou que os achados histológicos dos animais testados diferiram significativamente daqueles encontrados nos grupos controles-positivos (p< 0,05). Concluiu-se que a fotobiomodulação das luzes usadas neste estudo podem significar melhora para prevenção e tratamento dos quadros de MB pós-quimioterapia. |