“CADÊ O LINK, PROFESSORA?” DESAFIOS DO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO DA ESCOLA PÚBLICA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, NELMA TEIXEIRA DA lattes
Orientador(a): SILVA, SIMONE BUENO BORGES DA
Banca de defesa: SILVA, SIMONE BUENO BORGES DA, BAPTISTA, LIVIA MARCIA TIBA RADIS, COSTA, SUZANE LIMA, FIDALGO, SUELI SALES, SANCHO GIL, JUANA MARIA
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37502
Resumo: Meu objetivo nesta pesquisa é compreender como aconteceu o ensino remoto emergencial para estudantes com deficiência, a partir do entrelaçamento entre professores, estudantes, materiais didáticos e tecnologias numa postura analítica para além da dicotomia humano-não- humano na construção pedagógica do modelo de ensino que se desenhou na pandemia do Covid-19, considerando o contexto de uma escola pública estadual de Guanambi/BA. Com base nesta problemática, a tese defendida neste trabalho é a de que o ensino remoto emergencial na escola pública, bem como as estratégias pedagógicas agenciadas neste modelo de ensino não levaram em consideração as necessidades específicas dos estudantes com deficiência, especialmente no que se refere à acessibilidade e inclusão deste coletivo nas práticas pedagógicas durante a pandemia. Nesse cenário, busquei compreender também como os estudantes reagiram e se adaptaram a este modelo de escola, com base em dois eixos centrais dos quais emergiram os fluxos de análise: a) a perspectiva sociomaterial e o agenciamento de humanos e não-humanos na rede do ensino remoto emergencial, identificando as variáveis que dificultaram ou facilitaram a acessibilidade ao ensino remoto e aos objetos de ensino-aprendizagem a partir do material didático “Cadernos de Apoio à Aprendizagem” da área de Linguagens, das tecnologias digitais e dos documentos oficiais na perspectiva da educação inclusiva e da pedagogia dos multiletramentos, no contexto pesquisado e de que modo a sociomaterialidade e o agenciamento desses atores não-humanos se tornam visíveis e influenciam e afetam as práticas pedagógicas e o cotidiano dos atores sociais que forjam a escola e quais as consequências de tal materialidade no cenário do ensino remoto emergencial para os estudantes com deficiência e b) como os estudantes com deficiência aprenderam (ou não) no ensino remoto, com base em suas narrativas, percepções e singularidades e também nas narrativas e nas percepções de seus familiares, de seus professores e da gestão escolar local e estadual da escola pública em que atuo. Optei pela abordagem ontoepistemológica da pesquisa pós-qualitativa (LATHER; ST. PIERRE, 2013; ST. PIERRE, 2017; ULMER, 2017), pois além de ampliar a visão para outras epistemologias pós-humanistas, é um modo de conhecer aberto e flexível que se alimenta do entrelaçamento das associações entre todos os atores sociais humanos e não-humanos (LATOUR, 2012) que fazem a pesquisa acontecer e entende que estes indivíduos não se produzem sozinhos, separados das coisas e do ambiente, mas em associação com um mundo em constante deslocamento. Para isso, utilizei a cartografia como um modo de compreender (ainda que parcialmente) a complexidade do objeto desta pesquisa, a partir da análise dos fluxos dos acontecimentos, das narrativas e relatos dos atores sociais colaboradores da pesquisa, rastreando os entrelaçamentos entre humanos e não-humanos que compuseram o rizoma do ensino remoto emergencial no território pesquisado.