Os gestos de interpretação nas formulações de Pedro Calmon com ênfase em A bala de ouro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Paes, Maria Neuma Mascarenhas
Orientador(a): Santana Neto, João Antonio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10973
Resumo: Nesta tese, procurou-se fazer uma análise interpretativa das materialidades discursivas que se instalam na ordem da língua na história, produzindo efeito, para compreender os gestos de interpretação que constituem as formulações de Pedro Calmon, com ênfase em A bala de ouro. Primeiro, buscou-se fazer a articulação entre a noção de intelectual com a noção de autor em uma perspectiva discursiva, tomando como base as formulações de Pedro Calmon desde os primeiros escritos. Depois, verificaram-se as práticas que permitiram o aparecimento dos enunciados como acontecimentos singulares e permitiram a formulação de A bala de ouro como um gesto de interpretação do arquivo. Na análise desses dois aspectos discursivos, valeu-se, principalmente, dos postulados teóricos da Análise de Discurso, desenvolvidos na França por Michel Pêcheux, a partir da década de 1960 e seus desdobramentos posteriores no Brasil com Eni Orlandi. Por último, buscouse entender em A bala de ouro as práticas discursivas, entre as quais se encontram as práticas judiciárias que se instalaram no Brasil, no século XIX, e constituíram domínios de saber, determinando o que pode e deve ser dito perante as instâncias de poder. Para desenvolver essa análise, tomaram-se os postulados do quadro teórico construído por Michel Foucault em torno das relações que se estabeleceram entre saber-poder-verdade.