Cartas ancestrais: produção de textos discentes do 9º ano da educação básica do Colégio Estadual Almirante Barroso para autoras negras e indígenas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Andréia Miranda da lattes
Orientador(a): Freitas, José Henrique de
Banca de defesa: Freitas, José Henrique de, Souza, Ana Lúcia Silva, Silva, Andrea Betânia da, Nascimento Neto, João Evangelista do
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37487
Resumo: Este memorial de formação desenvolvido no âmbito do Programa de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS), da Universidade Federal da Bahia, apresenta um projeto de caráter propositivo, cuja finalidade é a leitura crítica de textos escritos por mulheres negras e indígenas sobre as próprias vivências e a dos povos dos quais são representantes, visando subsidiar uma formação ampla de leitores/autores, pautada em práticas antirracistas. Por meio de rodas de conversa e oficinas de leitura, os estudantes do 9º ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Almirante Barroso serão orientados à produção de cartas após a leitura e análise de textos dessas escritoras, apoiando-se nos conceitos de escrevivência de Conceição Evaristo e ancestralidade de Eduardo Oliveira. A escolha do gênero textual, carta pessoal, que norteará a proposta se deu porque as cartas são práticas sociais, e através delas, passado e presente se convergem; quem escreve e quem as lê se encontram até mesmo em temporalidades distintas. Conhecer a história de vida; ler, comentar, vivenciar cartas, poemas e contos das autoras selecionadas é um meio mais interessante de aproximar esses jovens da leitura literária, de existências e culturas distintas, despertando, assim, a empatia para consigo e para com o outro. É também um convite a não só externar sobre suas impressões e sentimentos face às leituras realizadas e produzir cartas, mas acima de tudo pensar formas tangíveis de enfrentamento ao racismo em diversas esferas. Para tanto, a fundamentação sobre conceitos de Letramentos de reexistência, Multiletramentos, Pedagogia engajada, Multiculturalidade, Antirracismo, Escrevivência, Ancestralidade foi feita com a contribuição das teóricas Ana Lúcia Souza (2011), Ângela Kleiman (2005), Roxane Rojo (2008), Bell Hooks (2017), Nilma Lino Gomes (2001), Maria Nazaré Lima (2019), Ailton Krenak (2019), Eliane Cavalleiro (2001), Ana Célia Silva (2005), Conceição Evaristo (2020), Eduardo Oliveira (2012), Ana Rita Santiago (2012), Thiél, Hayki, Graça Graúna, Márcia Kambeba, Wapichana.