A negação da herança social: africanos e crioulos no mundo da liberdade, do capital e do trabalho. Rio de Janeiro (1870-1910)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Lucimar Felisberto dos
Orientador(a): Sampaio, Gabriela dos Reis
Banca de defesa: Negro, Antonio Luigi, Gomes, Flavio dos Santos, Lima Filho, Henrique Espada Rodrigues, Castelucci, Aldrin
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17735
Resumo: Uma revisita ao passado em busca de novos e mais detalhados elementos sobre a situação histórica de trabalhadores africanos e crioulos - escravizados, libertos e livres, que atuaram na formação de um mercado de trabalho para atender demandas comerciais e industriais de uma economia capitalista que ganhava específica forma ante a expansão econômica verificada no Rio de Janeiro, nas últimas décadas do século XIX. Assim, resumidamente, pode ser definido este trabalho de pesquisa. Foram encontrados fios e rastros sobre as expectativas de um segmento da elite proprietária que se diversificou por investir no setor industrial; sobre os significados das experiências sociais de trabalho que antecederam a formação de uma classe de trabalhadores livres e assalariados (que embaraçavam formas de relações de trabalho diversas e cabalmente estruturadas em lógicas forjadas nas relações escravistas); sobre o impacto da disseminação da prática de assalariamento e do status profissional em um ambiente no qual a maioria dos homens e das mulheres atuavam em “esquemas” de trabalho coercivos; e, também, sobre particulares dramas sociais vividos por alguns daqueles ante as novas fórmulas socioeconômicas que formatavam interessantes aspectos no interior de uma sociedade escravista. Eles organizam essa tese, revelando detalhes de uma situação transitória numa conjuntura das relações sociais que davam forma a novas relações de trabalho. A reexamination of the past in search of new and more detailed data on the historical situation of African and native-born workers—enslaved, freed, and free, who were active in the formation of a labor market to meet the demands of an industrial capitalist economy that was gaining a specific form due to the economic expansion that occurred in Rio de Janeiro in the last decades of the nineteenth century. In sum, this research can be defined in this way. We find traces of the expectations of a segment of the propertied elite that had diversified itself by investing in the industrial sector; about the social meanings of work prior to the formation of a class of free and salaried laborers (which hindered forms of diverse labor relations and fully structured in the logic forged in the conditions of slavery); about the impact of the spread of the practice of wage earning and professional status in an environment in which most men and women worked in coercive working conditions; about private social dramas lived by some facing new socioeconomic formulas that formatted noteworthy aspects within a slave society. These traces organize this thesis, revealing details of a transitional situation in a context of social relations that gave way to new working relationships.