Dança desabafo: uma poética da sobrevivência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ribeiro, Tiago Nogueira lattes
Orientador(a): Moura , Gilsamara
Banca de defesa: Moura , Gilsamara, Costa, Pablo Assumpção Barros, Mignac, Marcia, Fernandes, Ciane, Ribeiro, Sheila Canevacci
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
Departamento: Escola de Teatro
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37456
Resumo: A pesquisa de doutorado intitulada Dança Desabafo: uma poética da sobrevivência é uma investigação teórico-prática e tem como bússola principal a artista cearense Sílvia Moura. Seu modo de criar intervenções cênicas e a desorganização que ela causa em certas estruturas (do corpo, do pensamento, da educação, da dança, do teatro, da cena, das relações político-ambientais e sócio-culturais) são os dispositivos básicos que estimularam estes estudos. A Dança Desabafo tangencia a esfera terapêutica na medida em que é realizada com o propósito de falar sobre o que incomoda. Sua feitura se dá por meio do exercício de "desatar os nós da garganta”, o que pode acarretar na reativação do que Suely Rolnik chama de “corpo vibrátil”, um tipo de energia que nos anima, mas que em alguns casos encontra-se anestesiada. AREIA é uma foto-dança, uma coreografia do meu desabafo dançado durante todo o processo de pesquisa. Suas partes são apresentadas como suspensões entre uma reflexão e outra na montagem destes escritos. Costurada por relatos pessoais sob a experiência da neurose de angústia (síndrome do pânico), a tese foi diretamente afetada por um momento sócio-ambiental-político específico: uma pandemia viral e o assalto da extrema direita no Brasil (e no mundo), dois traumas coletivos difíceis de tratar. A Dança Desabafo é um intenso fluxo entre pessoal e coletivo, uma convocação para seguirmos, apesar de tudo.