O corpo negro negado na dança clássica: não vendi limão na feira! Vida conseguidado bailarino Luiz Bokanha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Jesus, Lindete Souza de lattes
Orientador(a): Ferraz, Fernando Marques Camargo
Banca de defesa: Ferraz, Fernando Marques Camargo, Santos, Laudemir Pereira dos, Conrado, Amélia Vitória de Souza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
Departamento: Escola de Dança
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36303
Resumo: A pesquisa que se apresenta tem como tema a investigação do racismo na dança clássica na capital baiana a partir de um olhar biográfico para a história de vida do bailarino Luiz Bokanha. A autora escreve neste artigo sobre esse momento de negação do corpo negro nos anos 1970, problematizando as questões raciais e analisando a estruturação do racismo através de teóricos do tema, como, Sueli Carneiro (2011), Grada Kilomba (2019), Antônio Sergio Guimarães (1999), Silvio Almeida (2019), Nadir Nóbrega (2007) e Fernando Ferraz (2012). Apresenta como foco um retrato crítico das bases estruturais do racismo, na perspectiva de denunciar a continuidade dessas práticas discriminatórias na sociedade até os dias atuais. Serão descritos de maneira crítica e analítica, passagens da vida do sujeito desta pesquisa desde a sua formação em dança, até sua passagem em grupos folclóricos como o grupo Balú, com mestre King, Balé Brasileiro da Bahia - BBB, Frutos Tropicais e Companhias de Ballet Clássico como O Municipal de São Paulo, Grand Theatre de Géneve e a Companhia de Maurice Béjart. A escrita possui um tom narrativo e biográfico, em diálogo com a metodologia da história oral, a pesquisa documental e o pensamento feminista negro, ao dar relevância a experiência vivida como critério de significação (COLLINS, 2019). Com o intuito de rastrear momentos da carreira do artista e a superação dos entraves trazidos pelo racismo estrutural, esse trabalho compreende que a humanidade é marcada pela diversidade, sendo urgente aceitar dar as mãos ao outro, a outra e a outres.