O Som do Silêncio: Ecos e Rastros Documentais de Vinte e Seis Esculturas Afro da Coleção Estácio de Lima

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Galas, Dora
Orientador(a): Cunha, Marcelo
Banca de defesa: Parés, Luis Nicolau, Nepomuceno, Nirlene
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Museologia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Museologial
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18647
Resumo: Esta dissertação apresenta os resultados de uma investigação que teve como campo o Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia e a Coleção Estácio de Lima, com o objetivo de produzir conhecimento e organizar as informações obtidas sobre vinte e seis esculturas da citada Coleção em uma abordagem etno-estética. A discussão que se apresenta como pano de fundo é baseada em estudos da cultura material em museus, a antropologia da arte, a análise de categorias ocidentais utilizadas para tratar os objetos etnográficos e o estudo de termos. Nesta pesquisa, realizada por meio de análises bibliográfica e documental, recorremos a inventários, catálogos e fichas de registro de objetos e instrumentos de controle de acervo e ao Manual de Normas: Documentando Acervos Africanos, com intenção de mapear práticas e tendências da área e compilar os termos recorrentes a objetos africanos e afro-brasileiros, compondo um esboço de glossário para esses acervos etnográficos, que constam em apêndice ao final deste trabalho. A análise imagética teve por objetivo encontrar indícios que permitissem inferências e associações estilísticas, contribuindo para a interpretação das esculturas, sendo realizada em banco de imagens, catálogos de museus e de coleções de arte africana, sites de museus, objetos expostos em instituições museológicas e por meio de depoimento oral. Disso resultou a iconografia das vinte e seis esculturas e a iconologia de algumas delas para as quais foram encontrados registros de sua história em reportagens de jornais locais. Com base no conhecimento construído acerca das esculturas e respeitando a polissemia dos objetos foram estabelecidas categorias possíveis para a organização da informação ao final da análise e interpretação das mesmas. A investigação da trajetória institucional da Coleção Estácio de Lima apontou as controvérsias e incertezas que cercam sua formação e o muito que ainda deverá ser investigado sobre ela; destacou a necessidade de que os acervos etnográficos sejam estudados também enquanto representantes das práticas e discursos do museu ao longo do tempo e revelou a ainda frágil estrutura da documentação museológica enquanto prática essencial ao exercício da Museologia.