Das Cores da Música: o samba carioca do grupo do Estácio (1928-1937)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Giesta, Gabriel Valladares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em História Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13521
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar o samba durante o início do século XX na cidade do Rio de Janeiro, em especial a produção fonográfica do grupo do Estácio entre os anos de 1928 a 1937. Para isto, far-se-á um exercício micro-histórico de alternar entre escalas micro e macro de análise, tanto temporal quanto espacial. Isto é, criar uma ponte de diálogo entre trajetórias individuais e/ou de grupos (vivências e produções culturais dos sambistas) com contexto social mais amplo (cidade do Rio e Brasil), e também, entre o momento em específico de atuação do nosso objeto de pesquisa (1928 -1937) em relação a temporalidades mais longas que nos ajudam a entender processos mais amplos que o envolvem. Ou seja, começar desde a independência do Brasil, passando pelas primeiras menções ao samba até as progressivas transformações que esta manifestação cultural passa em direção à sua formação enquanto gênero musical, para, por fim, se fazer uma análise mais aprofundada dos sambistas do Estácio junto à indústria fonográfica. Nesta linha, é preciso ver o samba e os populares em toda sua pluralidade, atentando para a diversidade de experiências tanto individuais como entre os diferentes grupos e/ou gerações de sambistas envolvidos. Isto não impede de englobar o samba, de forma geral, no conceito de cultura popular, pois este contempla as diversas formas de atuação e expressão dos setores populares, onde veicularam suas visões identitárias, culturais, religiosas e, até mesmo, buscaram enquadrar-se como parte constitutiva da nação brasileira, traçando caminhos alternativos de cidadania. Ao fazê-lo, acabaram por dar luz aos diversos conflitos típicos da sociedade carioca e brasileira nas décadas de 1910 - 1930: suas dimensões identitárias, de gênero e, principalmente, sociais e raciais. Afinal, conclui-se que, em sua atuação junto à indústria fonográfica, os sambistas do Estácio deixaram expostos tais conflitos, demarcando uma diferença identitária, típica da Diáspora Africana.