Envelhecimento psicoativo: práticas, sentidos e aspectos geracionais do consumo de drogas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Ciro Frederico Arão da Silva
Orientador(a): MacRae, Edward John Baptista das Neves
Banca de defesa: Motta, Alda Britto da, Marques, Diego Ferreira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31274
Resumo: A geração da contracultura envelheceu. O envelhecimento e o consumo de psicoativos são os pontos de partida para o encontro com os interlocutores dessa pesquisa. Ambas as dimensões tratadas com respeito à dignidade desses amigos que fui conhecendo desde o início da pesquisa. Optei por descrever nessa etnografia as minúcias das práticas e valores associados à ingestão de preparados psicoativos, com alguns amigos que estão envelhecendo em Salvador-BA e Natal-RN. A observação participante foi condição indispensável para essa imersão, complementadas por entrevistas. Admitimos que a velhice seja compreendida como um processo dependente do campo simbólico e mais ainda dos marcadores biográficos e geracionais de cada um. Observamos que a gestão do corpo envelhecendo, soma-se aos atuais desafios de suas vidas, todavia, as marcas das décadas de 60 e 70 ainda são visíveis e conduzem nossos amigos a pensar sobre a idade e suas vicissitudes. Entendemos como a ingestão de psicoativos ganha agora novas características, em um continuum desde as aventuras psicodélicas, próprias da contracultura, até outras diversas modalidades de uso. Tivemos acesso a como nossos amigos puderam reconstituir suas primeiras experiências de alteração de consciência e como se apropriam dos novos modos de uso de drogas. Apresentamos e discutimos como esse consumo é realizado, quais redes de sociabilidade são acionadas e o campo de significados dessas práticas. Analisamos os controles presentes na regulação desse uso e nos encontramos com pessoas que puderam compartilhar a possibilidade compreensiva desse fenômeno tão complexo.