A Emília que mora em cada um de nós: a constituição do professor-contador de histórias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Luciene Souza
Orientador(a): Arapiraca, Mary de Andrade
Banca de defesa: Muniz, Dinéa Maria Sobral, Beltrão, Lícia Maria Freire, Coutinho, Maria Antônia Ramos, Girotto, Vanessa Cristina
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17306
Resumo: A partir de uma metáfora – a Emília que mora em cada um de nós –, o estudo empreendido defende a tese de que existe um portador de memórias em cada pessoa, que pode se revelar e se constituir em contador ou contadora de histórias, se dessa forma se descobrir. Tomando a Faculdade de Educação da UFBA como lócus da investigação, de inspiração etnográfica, e estudantes de Pedagogia como sujeitos da pesquisa, o estudo desenvolveu-se seguindo uma combinação de procedimentos e dispositivos de produção e coleta de dados e informações, o que compreendeu uma necessária pesquisa bibliográfica, entrevistas com contadores de histórias contemporâneos, criação e implementação de uma oficina de contação de histórias para os sujeitos da pesquisa e realização de um grupo focal. Distribuídos em três capítulos – “Em busca das gênesis da contação de histórias. Testamento da ’gente das maravilhas’”, “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades” e A Emília que mora em cada um de nós: constituição do ‘pedagogo-contador de histórias’ –, o estudo permitiu expressar, um percurso de contação e escuta de muitas histórias para, ao reaproximar a autora do caminho que a constituiu como contadora, apresentasse entendimentos sobre os percursos percorridos por constituintes da arte de narrar, os sujeitos da pesquisa. Assim, o objetivo da pesquisa foi sendo alcançado, a partir das questões que o nortearam: O que fazer para que esses sujeitos descubram a importância de falar de si, da constituição de sua subjetividade? Como disparar o processo de revelação dos repertórios de histórias que marcaram sua memória afetiva? O que se pode aprender revelando as próprias histórias e escutando as dos outros? Que caminhos podem ser desencadeados para a formação de sujeitos contadores de histórias? Que referências tomar para isso? Tais questões foram respondidas ou, por vezes, desdobradas em muitas outras. As reflexões que o estudo produziu como fruto de todo o percurso, especialmente a partir da interação com os jovens estudantes, autorizam a autora a reafirmar: o contador de histórias aprende a contar a partir da rememoração das suas histórias fundantes – memória afetiva –, e é contando, muitas e muitas vezes, que ele se forma na arte de contar. Como aprendemos com Bakhtin o outro é que nos constitui, esses jovens contadores foram aconselhados a continuar interagindo com muitos outros contadores, para que, através de outras performances e de outros ensinamentos sobre modos de narrar, se encantem e encantem cada vez mais.